30 de setembro de 2007
29 de setembro de 2007
Fuga à Ditadura dos Dias!
28 de setembro de 2007
Carta a Diogo Infante
27 de setembro de 2007
Rumba dos Inadaptados (ou a Morte do Jovem Contribuinte)
26 de setembro de 2007
CENDREV - Centro Dramático de Évora
Após o interregno de verão, retomamos o destaque feito às Companhias de teatro profissionais fora dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto. Tínhamos chegado ao Alentejo da última vez e à cidade de Portalegre. Agora, descemos para Évora, cidade património mundial, de grande beleza. E com o CENDREV, companhia que habita um fantástico teatro à Italiana, o Teatro Garcia de Resende, construído em 1892.
Além disso, o Teatro Garcia de Resende, ou Rezende (como está no pórtico original) recebe ainda outros espectáculos de todo o país e internacionais.Além de tudo isto, editam uma revista de teatro , a Adágio, onde se fala das novidades teatrais pelo mundo fora, ao nível da encenação, da técnica do actor, além de recensões a espectáculos que fizeram sucesso. Depois esiste a BIME - Bienal de Marionetas de Évora, um festival de 2 em 2 anos só de marionetas, com a presença dos títeres de Santo Aleixo, naturalmente.
Mya(n)mar a liberdade!
Vivem na ditadura repressiva.
São milhões. Países doentes
com déspotas dementes!
A liberdade dos povos é
um poema perene que fala
da necessidade da revolta!
25 de setembro de 2007
Hoje há Rugby e Rádio na noite!
24 de setembro de 2007
Maria Pernilla aparece nas audiências!
Sangue, Sede e Poema
Deambula pela noite em busca da sede,
sangue, genial criação dos espíritos.
Depois da ternura em que se enlevou,
mordisca o olor quente, saboreia-o.
Penetra no seu ser um prazer ímpar.
Acorda agora da noite! Mãos frias e limpas,
está de novo pronto a executar mais
tormentos nas breves linhas do poema!
21 de setembro de 2007
Dor Pretérita (Mais-Que-Perfeita)!
os horrores da guerra na falácia de um beijo
Perene folha a deambular nas estradas da vida
auroras boreais, uma circumnavegação de vozes
que amparam os rostos úteis da caminhada.
Círculos de pó na língua afilada e comprida, coroa
de espinhos na memória dos opressores! Penugem
de silêncio na modorra do teu retorno, invisível paixão
dos lugares e das tormentas. Já basta de mar, de enjoo!
A neblina matinal é uma previsão lógica do tempo perdido.
Espoleta de canais e túrgidos frutos na benesse visual,
ocarina de barro no chão, calçada desfeita em sangue
que suga o medo, matéria dos teus sonhos diluídos em
néctar visceral e brando. Perto daquela casa há odor
de chumbo, gasóleo derramado na salsugem do teu desejo.
Que cidades e céus vislumbram a minha insónia?
Esta dor agonizada do mundo é a minha amnésia
consciente de te não ter, felicidade. No limbo da falésia
perscruto a sólida condição em que me encontro, desnorteado
da vida e dos clamores ruidosos da vitória dos iludidos!
19 de setembro de 2007
Vinte e Sinto!
Um ocaso lúdico na paisagem agreste. Cartas de marear
e uma propensão para o dislate. Abnego os sinais
convencionais e o ruído de fundo, lastro da solidão
mais que perfeita na nauseabunda fonte dos amores.
Castros e silvas, amoras de prazer, uma palidez
com exegese material. O racionalismo foi tomar
o seu chá das cinco. Eram as cinco chagas do mar
e uma virtude atirada ao estaleiro. Soldar o porão
dos afectos numa técnica de argonauta sóbrio.
Plenipotência dos teus pulmões. Um uivo temperado
a canela e uma voz de sonho. Mistérios das curvas
e contracurvas do teu sólido corpo. Contrafortes e
ameias onde te toco e sublimo o afago granítico.
Mãos vazias numa ternurenta lágrima de saudade.
Quarta parede do afecto, vislumbras ao longe a paisagem
sonora, o épico mandato do astro-rei, capturas a efémera
vida do ano bissexto numa máquina de derivar paixões.
Lembras-te agora do caminho, quase te perdeste na
traçada grande área da escolha entre o ir e o voltar.
Chutaste para o canto todos os teus males! Ligaste o motor
de busca e infernizaste o salão nobre da nave central.
Por cima da ressonância, um campo magnético fez-te acordar
do subliminar caso de vida ou morte. Cinco vezes cinco? São
contas a mais para os anos perdidos na suspensão dos sentidos!
18 de setembro de 2007
Alma Nostra na Antena 1 - Novo Horário
The Pillowman no Teatro Viriato - A não perder!
Um espectáculo de grandessíssima qualidade não só interpretativa, mas também dramatúrgica. Um enorme texto, de Martin McDonagh. Encenação de Tiago Guedes, um realizador de cinema que faz aqui a sua primeira encenação. Com João Pedro Vaz, Nuno Lopes, Gonçalo Waddington e um fabuloso Marco d'Almeida. A semana passada esteve aqui no Teatro Nacional de São João e a partir do dia 28 de Setembro em Viseu, no Teatro Viriato. Não percam! Um dos melhores espectáculos do ano! Um texto de um jovem dramaturgo Irlandês (nascido em 1970), que explora o humor negro, o sarcasmo e o mistério, tendo influências de dramaturgos como John Millington Synge, David Mamet e Harold Pinter. Como aperitivo, um excerto do texto de Ondrej Pilný - Checo, Professor e Director do Centro de Estudos Irlandeses da Faculdade de Artes de Praga (texto que podem consultar na íntegra no site http://www.tnsj.pt/).17 de setembro de 2007
A Orelha de Van Gogh
Por Luís Ricardo Duarte in Jornal de Letras nº 964
14 de setembro de 2007
A Haka Neozelandeza!
13 de setembro de 2007
Passeando na Orla do Sonho
O Outono fez-se angústia no mar calmo da madrugada
Um final feliz com ondas de paixão. Uma escada em caracol
No posfácio de um beijo, a modorra do fio do horizonte
Freixo- uma ponte, uma rua mal iluminada, um país- Terra!
Gente anichada na bruma de um rio, névoas de prazer
No porte do teu olhar a escrita, dura e mecânica
Nas mãos um refúgio de carinho, à Cinta um brasão ao sol tisnado:
- El Rei D. Dinis aqui fez cousas nobres e mui valiosas!
E depois partiu! Um sufragado desejo de sucesso
Na melancolia doce do abraço ficou o poeta
em selénicas divagações e um ror de sonhos...
12 de setembro de 2007
Falando com o Douro Internacional...
O teu leito reflecte sensualidade – olhos brilhantes, boca ávida, olhar provocante.
Entregas-te a cada passo à natureza envolvente, abraçando-a ferozmente.
E todo esse desejo que recalcas no teu íntimo transforma-se em sensações de liberdade, descoberta, aventura e fascínio.
Tens domínio de tudo – aves, peixes, mamíferos, répteis, xisto, granito, vales, montes, cultivos, giestas, gentes...
Ao navegar nas tuas águas sente-se a perfeição artística das mãos de Deus, que te criaram e desenharam originando uma simbiose única e harmoniosa entre terra, ar água e fogo.
Rio Douro: És Deus. És Sol. És Vida. És energia. Omnipotente, Omnipresente e Omnisciente. Absoluto. Mas ... Humilde. Reconheces o teu valor mas chegas a envergonhares-te disso.
Não tens prepotência, arrogância, altivez e narcisismo. Não. Aperreias tudo isso.
És um halo selvagem com gestos bruscos e desordenados que acolhem com sensibilidade, bondade, gratidão e emoção toda a vida que se manifesta ao teu redor.
Ao deslizar na tua magnificência, estamos nós, comuns dos mortais, condenados a olharmos dois países onde impera o mais enigmático dos sentimentos - O Amor- não fosses tu, rio Douro, o livro onde reina a memória histórica que atiça a nossa curiosidade.
Um corpo de mulher escondido que se vai despindo, acariciando e saboreando com intensidade e desejo... Momento a momento... Devagar, sem pressas.
Esse amor que anda misturado com o ódio, a raiva, o desapego. Esse amor que causou guerras, batalhas, lutas, traições, sangue, morte... Esse amor vincou a fronteira natural que és Tu, Douro. Originaste o corte, a ruptura, os limites, a separação.
Mas... Estiveste sempre presente como união. União por vezes não assumida, oculta, tímida. Mas estiveste sempre a marcar a junção de Portugal e Espanha como sendo entrelaçadas com um nó gigante de lodão, impossível de quebrar.
Duas mãos que se ajudam, se apoiam se agarram com garra.
Gosto de ver-te a abrires-te para o todo da natureza, enfeitando-te de amendoeiras, oliveiras, pomares, vinhas...
Não foste feito para o requinte, o chique, a vaidade, a ostentação. Foste feito para o agreste, o selvagem, o inacessível, para o povo, o trabalho duro, a fome, a pobreza...
Todo o teu corpo desprende- se numa bela energia, uma impaciência, uma avidez de viver. Jurei então comigo que tenho mesmo de desvendar o teu mistério e quebrar a tua resistência, desse por onde desse.
Nunca fui muito dotada para seduzir quem me resistisse... Mas não vou desistir desta luta. Porque tenho a certeza que vale a pena. Vai ser sempre uma nova descoberta de muito valor.
A atmosfera que respiro em ti, Douro, fascina-me e perturba-me.
Nos ares, a liberdade e imponência das variadas aves emociona- me...
Tens um ar de magnífico felino digno de ser capturado. Sei que nunca te vou conseguir domar. Tenho que o aceitar. Eu é que te invadi sem pedir licença.
Se há instantes em que fico “assustada”, existem momentos que me falas com uma voz doce e envolvente. Contas-me as tuas viagens, as tuas lendas, as tuas crenças, os teus segredos... É emocionante ver-te, Douro, por vezes tão entregue e tão abandonado.
É impossível não focar sobre ti um olhar maravilhado.
- Douro: Posso nunca te conhecer mas agradeço-te por me quereres conhecer.
Portugal bem tentou, mas...
11 de setembro de 2007
Onde é que você estava no 11 de Setembro?
- O quê, ontem?
- Não! Em 2001!
- Ah, isso... atravessava a pé a ponte de Santa Clara para ir trabalhar – começara
- Isso é inacreditável! O Almirante e o Tim Duncan lesionaram-se ao mesmo tempo?
Explicou-me pacientemente que não, tratava-se antes de um atentado em pleno World Trade Center por um grupo terrorista chamado Al-Qaeda. Era o dia 11 de Setembro, e apercebi-me do requinte de malvadez dos terroristas: 11 por causa da forma dos arranha-céus, e Setembro por causa daquela música do José Alberto Reis “Setembro é o mês da saudade, e as memórias que teço, não esqueço” ou coisa que o valha.
Lá seguimos o caminho, ele contando-me o pouco que (ainda) se sabia acerca do ocorrido, eu ouvindo atentamente até que chegámos ao Asilo, os alienados não falavam de outra coisa, a Teresa assim para o atarantada, dias antes viera ter connosco ainda a lacrimejar
(ainda não tinha chegado à fase do “Sabe, tenho de lhe confessar que já não aguento mais aturar aquelas cabras!", deixando-me sem resposta, "passou-se" pensei, mas isto foi uns meses depois, não se pode responsabilizar o 11 do 9 por tudo)
Mas aquilo lá no trabalho foi rápido, a verdadeira acção estava para chegar, ou melhor já estava no 7A (ui que bom!), quando lá cheguei – “honey, I`m home!”; estava lá quase toda a gente, todos literalmente excitados com o ocorrido – nas várias formas de excitação possíveis, até o Boris ladrava incessantemente. A TV bombardeava-nos – por assim dizer - com imagens de puro terror, mas ao mesmo tempo fortemente cinematográficas, e toda a gente cirandava pelo pátio-quintal a comentar. Estava lá o Adolf, a contorcer os lábios e as sobrancelhas, enquanto disparava os habituais "os políticos são todos uns merrrdas", e de vez em quando sorria, olhávamos a TV estupefactos, a absorver tudo aquilo, até que me fartei da ladainha dos comentadores e alguém foi buscar uma velha cassete; daí a nada ouvia-se "Rita Hot Pussy" dos Lulu Blind ou "On Our Way to Fatima" dos The Great Lesbian Show", a banda sonora perfeita para um final de tarde de Verão com imagens que pareciam anunciar o final dos tempos. Andava por ali também o João Pinto, que repetia: "Que caga, meu!". O Paulo de Tomar olhava o televisor antes de este ser silenciado e dizia: "Mas quando? Mas quando?!" e nós calados, respeitando o seu estado, até que momentos depois, completava: "Mas quando é que te calas?"
Por lá andava também o Alhinho, que citava Ratzel a cada dois minutos: "a guerra é a arte de passear a fronteira pelo território vizinho!" e nós: "Coitado, vejam o que a Antropologia faz a uma pessoa...", algo condoídos. Até que vi o Sérgio, era o que parecia mais calmo, afastado do turbilhão de emoções e patetices. Perguntei-lhe: "Então, pá? Que me dizes de tudo isto?" E ele: "Doctor, isto é dramático" e meneava a cabeça. Pouco depois chamou-me de parte: "Olha lá, podes emprestar-me o teu quarto para esta noite?"
Entretanto chegou o Toni, que logo foi rodeado por todos, cada um a querer ser o primeiro a contar as novidades. Teve de levantar a voz e afastar-nos com os braços: "Vão com calma, já sei de tudo! Vi há pouco na televisão. Já não me excitava assim desde que ganhei a Liga dos Campeões com o Newcastle", e as olheiras dele denunciavam a noitada que passara a jogar CM - o Toni ganhou o nosso respeito desde que ganhou duas ligas holandesas com o Ajax no espaço de 24 horas. Pouco depois chegou também o ZéManel, que dizia: "Já viram bem aquilo? Quem diria que uma coisa destas viria a acontecer..." Assentimos com a cabeça, e ele prosseguiu: "Já imaginaram a quantidade de mulheres ali naquele sítio à procura de um ombro amigo para desabafarem, a quem contar as mágoas? Tsk, tsk..." E, abanando a cabeça, dirigiu-se à sala.
O último a chegar foi o Vladivostok. Como é óbvio, já sabia de tudo, e após as palavras de circunstância: "Pá, hoje esteve uma caloraça!" chamei-o a um canto. "Então, já falaste com os contactos da Alexanderplatz?" e ele "Não, fiquei sem bateria, estava a tentar ligar quando vinha no 46 e a chamada caiu." "Então terei de ser eu a fazê-lo, suponho." "É, parece que sim. Quanto antes lhes ligarmos melhor."
Só que não tinha saldo no telemoque, por isso tive de ligar ao meu pai e pedir-lhe para mo carregar. "Podem ser 2 contos?" ""2 contos? Precisava para aí de dez!" "Dez? Muito falas tu! Ainda estou para saber com quem falas, que tanto dinheiro gastas". Mas lá a cedeu, e daí a minutos falei rapidamente com os berlinenses, o que não serviu de muito, pois já estavam bêbados (ou ainda estavam, com eles nunca dava para saber). Então o Vlad sugeriu que ligasse aos norte-coreanos. Fiquei a espumar de raiva, mas lá teve de ser. Eles não acreditavam no que estava a acontecer, e após a chamada comentámos: "Bolas, aqueles tipos são mesmo cépticos!" E o Vladivostok riu com gosto, e respondeu: "Eles são é doidos! Vê lá que eles continuam a acreditar que a Lady Di continua viva, que aquilo foi tudo uma encenação e ela é empregada de mesa em Venice Beach, usa agora o nome de Camille Apara-Bolas. E eles dizem ter informações em como ela fez um casting para um filme do David Lynch!" Aquilo foi demais! Rimos a bandeiras despregadas, o que despertou a atenção dos nossos colegas. "Estamos a ter uma catarse", dissemos embaraçados.
Esta frase como que nos despertou para a realidade, e subitamente todos ficámos pensativos e angustiados. Apercebemo-nos que o mundo poderia estar na iminência de um conflito global, e a nossa inquietação era cada vez maior. O Fuji até prometeu que a partir daí passaria a desfazer a barba todos os dias. E o Alhinho esteve perto de choramingar quando disse que tinha medo de ter de ir à tropa. Dissemos-lhe: "À tropa? Pois se tu nem barba tens? Nem te deixavam entrar no quartel!" Replicou, ofendido e falando depressa: "Pois não foi isso que me disseram neste Verão, nos Palheiros da Tocha!" E nós, subitamente curiosos: "O que foi? Conta lá!" Muito insistimos, mas ele baixou os olhos e repetiu: "Não quero falar sobre isso. Não vou falar mais sobre isso."
Nisto ouvimos o barulho de passos na escada de ferro em caracol. Não restavam dúvidas: era a Mrs. Pity que vinha ter connosco, no seu andar arrastado. Encontrou-nos inquietos e logo abriu os braços: "Venham cá, meninos, não tenham medo! Agora que o Tio Sam não vos pode albergar debaixo da sua cartola, vinde! Deixem que vos conforte no abraço caloroso do meu seio!". E lá fomos, dois de cada vez, quais crianças assustadas, tomar conforto no seu volumoso regaço. Alguns de nós - não direi quem - soluçavam.
informação assaz importante
9 de setembro de 2007
é dreda ser angolano
conjunto ngonguenha - é dreda ser angolano
Mc K - Atrás do Prejuizo
"ainda te espetam uma faca no pescoço / são doze e meia, está na hora do almoço"
A reter.
7 de setembro de 2007
I was the king, I really was the king
Luciano Pavarotti...
A esfera da cultura&artes ficou mais magra.
5 de setembro de 2007
Uma Sociedade Asséptica!
Activistas destroem carros transgénicos em Fernão Ferro
Oitenta e dois activistas contra os automóveis geneticamente modificados (AGM) vandalizaram anteontem um stand automóvel de carros transgénicos na localidade de Fernão Ferro, distrito de Setúbal.
Esta intervenção foi levada a cabo pelo grupo Azul Piedade, uma facção extremista da organização proto-ambientalista Intifada Madrinha, a que se juntaram alguns curiosos que estavam no local a admirar as viaturas e se sentiram atraídos pela “perspectiva de violência gratuita”, segundo as declarações de um popular ouvido no local à agência Tusa.
Um dos dois sócios proprietários do espaço, de 34 anos, não escondeu à Tusa a "indignação" pelo ocorrido.
"Não sei quando poderei reabrir o stander. Ainda estou em estado de choque", disse-nos. “Os responsáveis por esta barbárie deveriam ser perseguidos e exemplarmente condenados.” Depois de asseverar à Tusa que o estabelecimento comercial se encontrava “dentro da mais pura legalidade”, o proprietário, visivelmente consternado, mostrou uma foto de um dos AGM que tinha à venda no stand.


“Esses indivíduos tinham a cara tapada, mas lembro-me de um deles ter dito que ia usar a cobertura deste carocha na tenda de campismo. Disse que ia deixar a tenda fechada e coberta pela estrutura, e já não tinha medo de deixar a erva lá dentro.”
Os activistas exibiram cartazes com dizeres como "Transgénicos é mau”, “Tuning = crime ambiental” ou "Ó madrinha, quero fazer cocó!". Meia hora depois, foram expulsos do local por um grupo de fãs dos Guns`n`Roses (GNR) que, alertados por populares, se dirigiram ao local vindos da Praia do Meco.
"O que se passou foi uma vergonha!" – foram as palavras de Fahrid de Almeida, um transeunte que assistiu à acção. “Como se não bastasse, eles são incorentes. Gritavam palavras de ordem contra o tuning e os transgénicos, mas vinham a ouvir trance nos carros”, afirmou ainda.
A agência Tusa tentou entrar em contacto com responsáveis da Intifada Madrinha, que se escusaram a conceder entrevista, afirmando todavia "estarem de luto até ao extermínio total dos carros transgénicos". Ainda assim, enviaram-nos uma gravação de uma das suas reuniões*:
(remistura de Simian -Never be alone)
Os carros transgénicos, expressão popular que designa os AGM, constituem uma das maiores fontes de preocupação da população portuguesa. Numa sondagem realizada há 2 meses pela Universidade Escanchada, estes surgem em 3º lugar na lista, logo a seguir ao desemprego e ao regresso de José Cid aos palcos.
As mais altas instâncias do país não deixaram de se pronunciar sobre o ocorrido, tendo dado conta da preocupação que os assola.
