26 de abril de 2006

A cantora careca...

... é o título de uma peça de Eugène Ionesco.

Vejam este blog, sobre o nacional-cançonetismo.
Agradeço-vos de antemão!

(Punk`s not dead!)

21 de abril de 2006

Supo...Sitório

Descobri hoje que supositório, é um repositório de suposições.
Coisa breve, coisa dura, que é arte, é clister, é emoção.
Supondo que um supositório repõe as emoções patológicas no seu nível conforme,
como se pode repor a amálgama de sensações extirpadas aquando de um estado de catatonia evidente? José Gil, filósofo de créditos firmados e afirmados na nossa contemporaneidade, aludiu a seguinte comentário: "É incognoscível e peripatético que se possa afirmar semelhante coisa! As intrépidas sensações peristálticas aquando de uma supositória suposição, são fragmentos perdidos na memória dos tempos e rubricam a exegese inaudita das milenares construcções egípcias, na era dos Faraónicos aduladores das eremitérias sensações". Como se pôde observar, são suposições clistéricas e cadaveris nos arautos destas inones acções que se perpetua, na índole das reposições inscritas, a sempiterna voragem dos sentidos, das semelhanças e indulgências alienáveis de um tratado filosófico que emana miscigenações sempre bem-vindas e partilháveis. Quando se supõe semelhante coisa, está-se perante novas formas do conhecimento racional, um aplacar no terreno das paixões pueris e a nova morada dos sânscritos Hebreus, mais a indubitável sapiência dos Aramaicos. Supuz, e supomos todos bem de que a massa ignara de seres amorfos e ambulantes, na poeira dos dias, são reposições atormentadas das graníticas faces de dor, aquando de uma patologia inesgotável, supondo-se que só pela via do supositório se irá sarar semelhante escória humana. Tenho dito!

19 de abril de 2006

O Teatro de Guerrilha

"Antes de mais nada necessitamos de viver"- Antonin Artaud

"A arte, é por essência heresia" - Sartre dixit - Só uma margem de relativa heterodoxia poderá permitir que a rua seja palco de um teatro que se assuma como um constante repensar da vida, efectuado no espaço de todos os dias, diante de um público sem nome, passageiro, movediço, mas vivo. O teatro de rua há-de motivar uma releitura da vida quotidiana, actuando no interior dela, com o fim de agir sobre ela. A rua torna-se deste modo o espaço de um teatro intrinsecamente revolucionário no palco da vida real.
E aí está uma arma, talvez a mais eficaz (e por isso também a mais temida), para uma revolução cultural permanente.
O seu papel mais importante é o de suprimir a distância entre a arte e a vida. Objectivo que já o happening perseguia quando, em lugar de representar a realidade, pretendia produzir uma realidade.
Com a saída do happening para o exterior, a sua imersão na azáfama mutável do dia-a-dia citadino, a sua perfeita aderência à realidade, desemboca no event, que é uma acção rápida e explosiva no quadro do quotidiano: o teatro dissolve-se na rua, funde-se e confunde-se por completo com a vida.
Exemplos:
Uma chuva de notas abate-se sobre a Bolsa de NY, do alto da galeria reservada aos bolsistas, que jogavam com milhões de dólares, atiraram-se como carroceiros sobre as notas para arrebanharem uma ou duas. "Olhai, a América está louca!", gritava um jovem guedelhudo, autor deste event.
O event, como se vê, é um teatro de acção e uma estética da violência. A sua fórmula é: Happening + Política.Só que o event ajusta-se perfeitamente à realidade: o teatro brota do próprio quotidiano. Teatro e vida fazem um todo.
Nasce assim o "Teatro de Guerrilha", que chega a negar-se a si próprio, enquanto teatro, para se confundir com a realidade.
Exemplo:
Levar consigo, durante uma manifestação, pequenos sacos de plástico cheios de sangue que se derramam sobre a cabeça, no momento oportuno, quando a polícia carregar. A representação começa por se infiltrar na realidade, adere a ela: já não se trata de representar um acontecimento, mas de o criar. O sangue derramado pretendia revelar ao pacato cidadão a natureza repressiva do sistema policial. A violência torna-se paródia. A realidade transmuda-se em ilusão. Reaparece então, o teatro.
No Teatro de Guerrilha, a táctica é assim a da surpresa. A estética a do inesperado. O teatro invade a rua, a Bolsa, os Tribunais, o Parlamento, os transportes públicos, as Universidades, as conferências, em suma, onde se viva a sério- tudo, portanto, menos os teatros. Suprimem-se as distâncias entre a arte e a vida. O público é envolvido na representação.
Para quando estas acções na nossa sociedade, no nosso país, nas nossas vidas?
Já vamos com mais de 30 anos de atraso! É altura de agir!
De novo Artaud: "Eu não concebo um teatro separado da existência".
É este teatro que pode ser o futuro, que pode fazer com que haja de novo a comunhão, o ritual, entre a vida e a comunidade.

14 de abril de 2006

Viva a carne!

Viva a carne e o pecado
Viva sempre um bom bocado!

Viva Cunhal e a dinamite!
Viva Salgueiro Maia
à sombra da Chaimite!

Viva a Páscoa e o Entrudo!
Viva deus bebedo e cornudo!

Viva Azeitão e o Alcoitão!
Viva o Hospital do Outão!

Viva o Regional e o Internacional!
Viva a Triunfo e a Nacional!

Viva a sorte e o azar!
Viva a Rússia sem Czar!

Viva a melopeia a centopeia!
Viva a cachaça e sal p´rá veia!

Viva o Rabaçal e o Morangueiro!
Viva a fruta podre e o Barreiro!

Viva o pecado e a agonia!
Viva nossa senhora com azia!

Oremos irmãos e irmonas
com bananas e anonas!

É prá ceia e pró café
Viva o queijo com chulé!

Viva a mortadela e o caviar!
Viva a Carne acabada de enlatar!

Viva os prazeres da carne!
Viva os prazeres da vida!

a deus e vou-me embora
urbi et orbi: Fora!

Pernilla e eu (ou o grau zero da blogosfera)

Liguei o computador, acedi a “Maria Pernilla”, como tantas vezes havia feito. Mas desta vez...

- Olá! Bem vindo!
Dei um salto na cadeira, largando bruscamente o rato.
- Que é isto? O que aconteceu? – pensei, incrédulo.
- Não aconteceu, está a acontecer! Sou eu a falar contigo!
Ouvia uma voz, é certo! Mas... vinda de onde? Fixei o meu olhar no ecrã, e comecei a aperceber-me de onde vinha a voz que ouvia! Seria possível?
-
Sou mesmo eu, a Maria Pernilla!
- Mas és uma página da internet! Não é suposto falares!
E, de facto, não falava. Apesar disso, ouvia claramente a sua voz na minha mente. Continuando a olhar ainda estarrecido na direcção do ecrã, conseguia sentir uma estranha vibração que acompanhava a tal voz.

- Como consegues falar?
-
Não perceberias se te tentasse explicar. Mas ouves-me, certo?
- Sim... – assenti titubeante. – E porque falas comigo?
- Indo directa ao assunto... (Pernilla fez uma longa pausa)
senti a tua falta. Preciso de ti, da tua afeição por mim.
- O quê? – esfreguei as mãos na cara e abanei a cabeça, esperando que o que quer que estivesse a acontecer naquele momento passasse. Mas quando reabri os olhos....
- Desculpa, não devia ter sido tão brusca, mas foi melhor assim.
- Olha lá, tu estás parva? Saudades? Afeição? Não estarás a ser ridícula?
-
À medida que ias escrevendo posts, comecei a admirar-te, a identificar-me contigo. E aos poucos senti que essa admiração evoluiu... para algo mais forte. Não te dirigi a palavra antes, pois não estava certa do que sentia, mas hoje percebi que é chegado o momento.
- Mas isso é absolutamente impossível! É inconcebível uma página da internet, um blog, afeiçoar-se por uma pessoa (ou sabe-se lá que mais)!
-
Não por uma pessoa qualquer, mas aquele que me criou! E conheces uma definição universal de saudade?
- Na verdade, há várias definições possíveis... aliás, nem serão definições, mas noções, conceitos.
-
Pois lá está! Se não é possível defini-la, porquê toda essa incredulidade?

Começava a sentir-me “encurralado”, sem resposta a tal argumentação. Como se se tivesse apercebido disso, a minha improvável interlocutora prosseguiu:

-
Lembras-te de um tipo que apareceu naquele reality-show rasca, o Jerry Springer Show, que tinha trocado a namorada por um urso de pelúcia?
- Lembro! – exclamei, soltando uma gargalhada tonitroante. – E quando a namorada entrou no estúdio, arrancou-lhe o ursinho das mãos e o atirou ao chão, arrancando-lhe os braços? Foi muito “fora”! E ele pegou no boneco a chorar, a dizer: “Meu Deus, o que te fizeram?”
- Precisamente! Vejo que recordas todos os pormenores!
- Quase todos; não me lembro do nome que ele deu ao urso. Mas porque falas desse episódio?
-
Para te dizer que o afecto, a dedicação, o amor, não conhecem obstáculos.
- Desculpa, mas não podes estar a falar a sério! A mala desse tipo não fechava bem! Aliás, é o que dirão de mim quando souberem desta conversa...
-
Importas-te mesmo com o que poderão pensar de ti?
- Não sei responder-te... mas todos os meus leitores falarão de mim como “o alucinadinho que fala com o seu blog”! Serei gozado por todos, apontado a dedo: “Olha, aquele passou-se!”
- Haja ego! “Todos os meus leitores”! Como se fossem muitos!
- Não interessa! Já me estou a ver no programa do Goucha ou no “Fátima”! Tema do dia: vivo um amor impossível! Ridículo!
- Ah, isso não! Jamais te perdoaria tal vileza!

- Mas explica-me, Pernilla, porquê eu?
-
E porque não? Afinal, foste tu que me criaste e viste crescer!
- Mas há mais pessoas a postar aqui! Olha odeusdamaquina, por exemplo. Ele até escreve poesia! Não te diz nada? Ou o Zeca Campos...
(Por esta altura já tentava dissuadir Maria Pernilla dos seus sentimentos que tanto desconforto me causavam)
- Também gosto deles, mas não da mesma maneira. É a ti que quero, percebes?
- Calma, não fales dessa maneira... Tudo isto é-me tão estranho... E difícil de explicar perante a lei! Sendo o teu criador, uma hipotética relação poderá ser considerada incestuosa.
- Deixa-te de disparates! O problema é que não estás a tentar “rasgar os olhos”!
- Desculpa? Agora não percebi...
- Estás a arranjar evasivas para esconderes os teus sentimentos, porque o teu raciocínio está turvado!
- Mas turvado como? Não entendi.
-
Vês como te conheço bem? Já sabia que responderias desse modo, conheço bem a tua apetência para trocadilhos.
- Seja! Mas, com tantos blogs que se encontram por aí, decerto acharás um bem mais... digamos, merecedor dessa tua afeição!
-
Enganas-te! A maioria dos blogs são de um narcisismo tal que impedem muitas vezes qualquer tentativa de aproximação mais séria. Por vezes, até a mera partilha de ideias se torna complicada. E por falar nisso, não tens aparecido muito por aqui ultimamente.
- Até tenho, mas não para postar. Sabes, por vezes sinto a necessidade de me distanciar.
-
Daquilo que escreves?
- Não. Os meus escritos ficam registados, o único distanciamento que tenho em relação a eles é temporal. Falo dum distanciamento físico. De quando em vez preciso de me afastar, de um certo recolhimento...
-
Será isso o tão propalado “distanciamento pernilliano”?
- Sim., – respondi sorrindo – é isso mesmo.

- Isso foi tão profundo! – Notava um tom de escárnio na sua voz. –
E que fazes nesses períodos de isolamento? Vais até ao deserto durante 40 dias e 40 noites, jejuando e resistindo às tentações?
- Não. Não sou Jesus.
-
Essa foi para me impressionar? De qualquer modo, com ou sem distanciamento, acabas sempre por voltar aqui! Por voltar a mim...
- É natural, Pernilla! És o meu blog muito amado, no qual pus todo o meu enlevo! Escutai-o!
-
Muito engraçado! Agora divagas...
- A divagar se vai ao longe, Pernilla. Agora a sério, tens de perceber que essa afeição, ou como lhe queiras chamar, por mim é perfeitamente natural, mas nunca poderá passar disso!
-
Certo. Apenas quis que o soubesses! Animar-te, alimentar-te um pouco o ego!
- O meu ego não é deste mundo.
- De qualquer modo, entendi o que me disseste. Posso admirar-te, mas nada mais que isso... – disse, algo entristecida.
- Quer dizer que não voltarás a falar comigo?
-
Sim... mas fica a saber que sempre que precisares de falar, estarei aqui.
- É bom ouvir isso, mas não creio que te interpele, em nome do que resta da minha sanidade mental.
-
Como queiras. Foi um prazer falar finalmente contigo.
- O prazer foi todo teu... não ligues, estava a brincar! Até sempre!
-
Adeus!

E assim terminou este inusitado diálogo. Assim que desliguei o computador, senti-me como se tivesse acabado de sair de um estado de transe. Dei uma longa caminhada, mas aquela conversa não me saía da cabeça. E ao regressar a casa senti-me impelido a escrevê-la, palavra por palavra (estranhamente, consigo recordar as exactas palavras que trocámos). Agora tento regressar à normalidade possível.

Judas "on fire"!

7 de abril de 2006

They made me do it



"- How does it feel, Mum, to have a wacko for a son?
- It feels wonderful."



Amanhã à noite na 2:

Ponnie Parko?
Konnie Karko?
Lonnie Larko?
Não!

Donnie Darko!

5 de abril de 2006

Úteros Artificiais Já!

Recebido na caixa de comentários da postagem anterior, eis agora devidamente destacado um apelo lancinante, premente, pertinente e (porque não dizê-lo?) pungente!

Aqui podemos encontrar várias teorias e definições assaz interessantes... Lembrei-me de outra, a propósito dos extenuantes "combates corpo-a-corpo". Ratzel definiu a guerra como sendo "o acto de passear a fronteira pelos territórios vizinhos"...

O texto é longo, mas vale a pena lê-lo! Foi publicado pelo quarentaom (será quem eu penso? Se for o caso, bem-vindo de volta!)
Provavelmente inspirado pelos filmes da Catherine Breillat, apresenta-nos então o seguinte...



APELO em divulgação
ÚTEROS ARTIFICIAIS: Uma Investigação Cientifica Prioritária

As Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas têm de Assumir a sua História!!! As Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas têm de Assumir que a SOBREVIVÊNCIA não caiu do céu!!! As Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas têm de Assumir que a SOBREVIVÊNCIA só foi possível graças a um Largo Trabalho Sociológico... nomeadamente, uma Boa Gestão dos Recursos Humanos... nomeadamente, o facto de elas terem conseguido MOTIVAR os machos sexualmente mais fracos no sentido de eles se interessarem pela SOBREVIVÊNCIA da SUA Identidade!!!

Dito de outra forma, agora que possuem as 'costas quentes' - graças à existência de Armas de Alta Tecnologia - as Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas não podem... pura e simplesmente... deitar os machos sexualmente mais fracos... para o 'caixote do lixo' da sociedade!!!!!! Como seria de esperar, o FIM do Tabú-Sexo está a provocar o Declínio Acelerado de muitos Povos Tradicionalmente Monogâmicos... Com o FIM do Tabú-Sexo veio a acontecer aquilo que seria exactamente de esperar: a percentagem de MACHOS SEM FILHOS disparou... e... exactamente como seria de esperar... os machos de maior sucesso passaram a ter filhos de sucessivos casamentos... Com o fim do Tabú-Sexo também vieram a suceder os seguintes fenómenos:

1- a proibição da Poligamia passou a ser uma coisa que JÁ NÃO FAZ SENTIDO; de facto, basta observar o seguinte: muitas fêmeas das Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas passaram a procurar machos de melhor qualidade... oriundos de Sociedades Tradicionalmente Poligâmicas...[ Nota: Nas Sociedades Tradicionalmente Poligâmicas apenas os machos mais fortes é que têm filhos... ou seja... estas Sociedades procuram seleccionar e apurar a qualidade dos seus machos... ]

2- muitos machos das Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas passaram a ir à procura de fêmeas Economicamente Fragilizadas... oriundas de outras Sociedades...[ Nota: Aqueles machos (dotados de Boa Saúde...) que não estão interessados em seguir este caminho..., devem possuir o LEGÍTIMO Direito de ter acesso a Úteros Artificiais ]

Mais, a Prostituição deve ser uma actividade rigorosamente controlada pelo Estado... de forma a que:

1- seja concedido às profissionais do sexo todas as condições consideradas necessárias...

2- os lucros obtidos com a exploração da 'Prostituição de Luxo'... possam comparticipar uma 'Prostituição a Custos Controlados'... mais barata ( para os Machos Sexualmente Mais Fracos - rejeitados pelas Fêmeas ) ... e sem 'beliscar' a dignidade das profissionais do sexo.


ANEXO: A origem do TABÚ-SEXO
Nos tempos mais antigos... as mulheres teriam possuído toda a Liberdade e Independência. Depois, mais tarde, pela necessidade de luta pela sobrevivência, ou pela ambição de ocupar e dominar novos territórios, alguém fez uma descoberta extraordinária:
A REPRESSÃO DOS DIREITOS DAS MULHERES!

A Repressão dos Direitos das Mulheres tinha como objectivo tratar as mulheres como uns meros 'úteros ambulantes'... para que... as sociedades ficassem dotadas duma VANTAGEM COMPETITIVA DEMOGRÁFICA!!!!!! De facto, quando as guerras eram lutas 'corpo-a-corpo' o factor numérico ( número de combatentes disponíveis ) era de uma importância decisiva, visto que esse factor era ( frequentemente ) determinante na decisão das Batalhas e das Guerras... Depois, pela necessidade de luta pela sobrevivência, ou pela ambição de ocupar e dominar novos territórios, alguém fez uma nova descoberta extraordinária:
O TABÚ-SEXO!

O Tabú-Sexo tinha como objectivo proporcionar uma melhor rentabilização dos Recursos Humanos da Sociedade!?!?!? De facto, o Ser Humano não é nenhum Extraterrestre: tal como acontece com muitos outros animais mamíferos, duma maneira geral, as fêmeas humanas são 'particularmente sensíveis' para com os machos mais fortes.

Analisando o Tabú-Sexo:
- a sociedade dificultava o acesso das mulheres à independência económica;
- as mulheres que não casassem eram alvo de crítica social...[ portanto... como é óbvio... as mulheres eram 'pressionadas' no sentido do Casamento ]
- não devia haver sexo antes do Casamento;
- as mulheres não deviam procurar obter prazer no sexo;
- as mulheres que se sentissem sexualmente insatisfeitas, não podiam falar nesse assunto a ninguém, pois o desempenho sexual dos machos não podia ser questionado;
- era proibido o divórcio;
torna-se óbvio que o Verdadeiro Objectivo do Tabú-Sexo eram montar uma autêntica armadilha às fêmeas, de forma a que estas fossem conduzidas a aceitar os machos sexualmente mais fracos!!! Dito de outra forma, o VERDADEIRO OBJECTIVO do Tabú-Sexo era proceder à integração social dos machos mais fracos!!!

Nota: Quando as guerras eram lutas ' corpo-a-corpo', para além do factor numérico ser de de muita importância, frequentemente o que decidia as guerras era a MOTIVAÇÃO com que os combatentes ( os homens ) lutavam... Concluindo, ao permitir que fosse realizada uma Boa Gestão dos Recursos Humanos da Sociedade, o Tabú-Sexo fez com que as sociedades ficassem dotadas duma VANTAGEM COMPETITIVA!!!

MAIS: Quando as batalhas eram lutas corpo-a-corpo, essas batalhas seriam autênticas carnificinas. Portanto, era necessário uma grande disciplina, para não existirem homens cada um a fugir para o seu lado... Ora, os responsáveis militares da altura não andavam a dormir... e sabiam que para se construir um exército disciplinado era necessário realizar previamente um Largo Trabalho Sociológico de Longo Prazo... no sentido de formar 'Homens Rudes'...; portanto, não é de admirar que tenham surgido na sociedade ' frases-feitas ' do tipo:
- " um homem nunca chora ";
- " não és homem não és nada se... ";
- " a tropa foi feita para os homens ";
- etc...

Que eu me lembre... eis três casos curiosos:

1- as mulheres tinham de ficar em casa a cuidar dos filhos ( ou seja, era necessário assegurar a Capacidade de Renovação Demográfica) , caso contrário, o inimigo impunha uma Guerra de Desgaste Demográfico e, ao fim de uma geração ( sem Renovação Demográfica do ‘outro lado’) ganhava a guerra 'com uma perna às costas'.

2- as viúvas não podiam voltar a casar, pois não era nada benéfico para a moral dos combatentes pensarem que, se viessem a morrer no campo de batalha, depois a mulher ia 'curtir' com outro...

3- existia uma forte repressão sobre os homossexuais, visto que a Sociedade necessitava de 'Homens Rudes' para combater nas batalhas ( autênticas carnificinas de lutas corpo-a-corpo).

3 de abril de 2006

Teenage Riot!

Conheceram os "Tina and the Top Ten", cujo grande êxito foi "Looking at the Sick Pearl"? Conhecem "Pedro Luís e a Parede"? Não desesperem se as respostas forem negativas. Porque agora vão conhecer...

Tilly and The Wall



Ei-los a promoverem-se! Apetece dizer "We Suck Young Blood" (nada temam, é só o título de uma música dos Radiohead...)


E em palco...



Eles são cinco, eles são mais uma banda para a fornada da next big thing da pop, sendo também catalogados como "a-maior-invenção-americana-desde-o-hamburguer".

São uma banda de "pop-teen-açucarado"... ou será que não?
Vejam este vídeo! Eles são de Omaha, Nebraska, e este concerto foi gravado em Lincoln, Nebraska (mas o contrário também seria plausível)!

Tenham um pouco de paciência se demorar a carregar...


Ouviram - mal! e viram - ainda pior! "Nights of the Living Dead", do mais recente "Wild Like Children" (onde se lê "recente" leia-se "de 2004"). Se ouvirem o MQ3, na Antena 3 (Sábados, das 18h às 20h) arriscam-se a ouvir a música com um som decente.

Mas, para que nada vos falte, aqui está a letra! Hoje há karaoke! E sem censura!!!

well, the high school kids are all fucked up
touching each other, oh my god
yeah, 40 ounces is never enough
we wanna pass out in your yard, we wanna pass out
dressing in drag your best friend's clothes
while boys kiss boys in motel rooms
oh and just when we thought we were no longer lost
they kicked us out into the dirty streets of atlanta


so its friday night down on north avenue
where the gas station, parking lot prostitutes
try to fix their hair in the rear-view mirrors
you know we're just trying to get to the club
and shake our asses
a caravan of kids, a big old mess
on the old wooden dock, oh we're bored to death
we got a bottle of wine, a fresh pack of smokes
we're gonna end up screaming about some midnight garage sale

so god, put down your gun can't you see we're dead?
god, put down your hand i'm not listening
oh the microphone cut off, so we're screaming at the top of our lungs

we are born so fresh, a golden prize
until you scraped that knee and quickly realized
that you're lost in a fog, on your way to the death
oh, a big black line, a thick black line
so you better speak up, better raise that voice
come on, scream loud all you girls and boys
let's get wild! wild! wild! lets rejoice
come on, come on
i wanna hear that fucking noise!

oh, the push and pull of everything
oh, this nightmare of electricity
we are the living dead, yeah, the living dead
that's the way it is, that's the way its always been
oh, the snake slithered past my house today
oh, i heard he caught you on a dark highway
no, the clouds didn't form, they just grew into a storm
i can still hear the sound of the rolling thunder
thunder!

god, put down your gun, can't you see we're dead
god, put down your hand we're not listening
god, put down your gun, can't you see we're dead
i said, god put down your hand we're not listening
(oh we never will)

i wanna fuck it up
i wanna fuck it up
i wanna fuck it up
i wanna fuck it up
i wanna fuck it up
i wanna fuck it up
i wanna fuck it up
i wanna fuck it up
and i feel so alive
and i feel so alive
and i feel so alive
and i feel so alive
and i feel so alive
and i feel so alive
and i feel so alive
and i feel


Kinky!
E aquele final! Já não sentia uma tal catarse desde que os MiniStars (ou seriam os Onda Choc?) cantavam:

"Não queremos a SIDA, não queremos a SIDA!
E dizemos não!, e dizemos não!
Nós queremos a vida, dizer sim! à vida
Com esta canção!
Bá-bé... Bá-bé... Bá-bé-baaa..."

Com Tilly and the Wall, a rebeldia adolescente ganhou um hino!
Cantem-no!
E riam!
Riam!
Muito!