Setembro!
-Era Manhã, dizia ele, naquele gesto fraterno da despedida, Era Manhã! Era o começo de um novo tempo, de sais nos frutos e de mansas corridas no nevoeiro da estação. Vinham às brandas os garranos selvagens e o sol fazia-se de menos gente no seu estiolar. Que retemperadora paz nos moinhos de água doce e um caldo verde à tardinha! Passeando pela aldeia, lá vinha Ti Jaquim com os seus Barrosãos, largos chifres espetados ao céu.
- É manhã! É manhã de um Setembro luminoso e é a hora das videiras jorrarem o seu sangue!
É verdade, Ti Jaquim! Hora de vindimas e o sangue nos tonéis! Sumo consagrado para os Homens!
- Seja, pois! disse Ti Jaquim. O que me vale é que é Setembro! Torna o silêncio à minha casa!
7 Comments:
Nao ha como os dias calmos de Setembro, quanto daria para poder goza-los na minha Beira!
Um abraco do Al d'Algodres.
Passei lá por terras de Algodres, nesta deambulação espiritual e física. E que bem sabe o queijo e outras iguarias da região de Algodres!
adoro narrativas descritivas
ó tu ...
Lá por me tratares por tu, não penses que me metes medo, ó dinis!
Ó meu Deus, és uma caixa de surpresas.
O que é que isso quer dizer? Caixa de surpresas? Que surpresa é essa de escrever? Surpresa seria escrever bem!
A surpresa não é a de escrever, é a versatilidade dos temas e das formas.
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