Das Imagens e seus Corpos Diletantes
Os corpos jazem abandonados, no meio das ruas. Sacodes a esperança no cheiro nauseabundo.
Depois da modorra de mais um dia cinzento, entras-me pela casa, completamente embriagada.
Fazes de conta que me amas, bates no meu peito e choras abundantemente. Que a culpa é
toda minha. Cirandas pela casa, enquanto o pó e a sede se misturam em feixes de luz bem
claros e corriqueiros. Nada mais interessava para ti, querias mais um copo e agredir-me
verbalmente. Era a tua luta, um pouco de atenção da minha parte, um pouco de sexo, de
paixão, de vitalidade! Estava perdido no oceano de emoções. Queria beijar-te e abraçar-te,
mas o desespero não me deixava. Estava asténico, depressivo, triste. Apesar de tudo, com
essa raiva contra mim e o mundo, tu eras a energia vital, a jovialidade, o olhar penetrante.
Finalmente tenho coragem para dizer-te:amo-te!Com todo o meu corpo, todos os meus nervos,
toda a sedução e respeito. Adoro a tua inteligência, o teu olhar, o teu sangue na guelra. Quero
fumar contigo, beber contigo, chorar contigo! Quero penetrar-te suavemente em doses bem
regulares. Um afago na tua nuca, nas ancas e beijo-te até à eternidade. Depois dos suores,
dos abraços, da exaustão no centro da sala, uma imagem incógnita, escombros de uma vida
que existiu. Um clarão demorado, estático, corpos presos ao chão.Éramos nós, as nossas vidas!
Jazemos abandonados no meio da sala. Agitamos a paixão nestas noites sem perfume e náusea.
O sol espraia-se nesta alvorada de sonho. Sais de casa e dizes: - até breve, meu sonho louco!
Depois da modorra de mais um dia cinzento, entras-me pela casa, completamente embriagada.
Fazes de conta que me amas, bates no meu peito e choras abundantemente. Que a culpa é
toda minha. Cirandas pela casa, enquanto o pó e a sede se misturam em feixes de luz bem
claros e corriqueiros. Nada mais interessava para ti, querias mais um copo e agredir-me
verbalmente. Era a tua luta, um pouco de atenção da minha parte, um pouco de sexo, de
paixão, de vitalidade! Estava perdido no oceano de emoções. Queria beijar-te e abraçar-te,
mas o desespero não me deixava. Estava asténico, depressivo, triste. Apesar de tudo, com
essa raiva contra mim e o mundo, tu eras a energia vital, a jovialidade, o olhar penetrante.
Finalmente tenho coragem para dizer-te:amo-te!Com todo o meu corpo, todos os meus nervos,
toda a sedução e respeito. Adoro a tua inteligência, o teu olhar, o teu sangue na guelra. Quero
fumar contigo, beber contigo, chorar contigo! Quero penetrar-te suavemente em doses bem
regulares. Um afago na tua nuca, nas ancas e beijo-te até à eternidade. Depois dos suores,
dos abraços, da exaustão no centro da sala, uma imagem incógnita, escombros de uma vida
que existiu. Um clarão demorado, estático, corpos presos ao chão.Éramos nós, as nossas vidas!
Jazemos abandonados no meio da sala. Agitamos a paixão nestas noites sem perfume e náusea.
O sol espraia-se nesta alvorada de sonho. Sais de casa e dizes: - até breve, meu sonho louco!