Fuligem da Arte
Mestre.
No aqueduto dos teus braços, há arcos longilíneos que trespassam a monotonia dos beijos.
No aqueduto dos teus braços, há arcos longilíneos que trespassam a monotonia dos beijos.
Parcas são as vezes em que as trepadeiras surpreendem a visita dos lúgubres silêncios.
Por um instante, socorrer-me da filosofia e dos homens na demanda do processo de maturação.
Fruta podre da néscia viuvez em que te fechaste, limbo desabrigado e suão dos desejos.
Na burqa em que te emaranhas, há fios soltos de seda nas pernas nuas e sangrentas.
Foste apedrejada na calçada dos espíritos inquietos, boca exangue e face tapada ao mal.
Discípula.
Na tacanhez dos ditadores encontras a sageza inominável para o ensino do carácter.
Ensaio.
No livro de cabeceira, a arte do tiro com arco, a preciosa serenidade dos haikus.
Desenhaste um esquisso para ser cozido em forno de raku. Não desejas mais nada
que a fuligem da arte, obra-prima emancipada e brilhante dos óxidos. Na sal-gema
da virtude, há franquias por acertar, musa em férias nas salinas da alvorada silente.
Moldas a tua personalidade nas auroras boreais do oriente. Vida pejada a cores no
lume brando da saudade. Persignar-me sem pressas na dúvida metassemiótica,
corar de inveja perante os buracos negros da infantil memória dos humanos.
Treino.
Quero uma peste sem mácula na derradeira fogueira das vaidades do mundo!
Por um instante, socorrer-me da filosofia e dos homens na demanda do processo de maturação.
Fruta podre da néscia viuvez em que te fechaste, limbo desabrigado e suão dos desejos.
Na burqa em que te emaranhas, há fios soltos de seda nas pernas nuas e sangrentas.
Foste apedrejada na calçada dos espíritos inquietos, boca exangue e face tapada ao mal.
Discípula.
Na tacanhez dos ditadores encontras a sageza inominável para o ensino do carácter.
Ensaio.
No livro de cabeceira, a arte do tiro com arco, a preciosa serenidade dos haikus.
Desenhaste um esquisso para ser cozido em forno de raku. Não desejas mais nada
que a fuligem da arte, obra-prima emancipada e brilhante dos óxidos. Na sal-gema
da virtude, há franquias por acertar, musa em férias nas salinas da alvorada silente.
Moldas a tua personalidade nas auroras boreais do oriente. Vida pejada a cores no
lume brando da saudade. Persignar-me sem pressas na dúvida metassemiótica,
corar de inveja perante os buracos negros da infantil memória dos humanos.
Treino.
Quero uma peste sem mácula na derradeira fogueira das vaidades do mundo!
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