16 de janeiro de 2014

Tempo

Já era tempo de dizeres alguma coisa! Já era tempo de responderes às inquietações do universo. Foi o tempo das amoras e dos lírios. Foi-se o tempo perdido na areia salgada da saudade. Ainda é o tempo dos sonhos e dos sorrisos. Ainda é a hora para o tempo dar tempo ao tempo. Ainda te escrevo para adiar o inevitável. A minha partida, ali como aqui. O desenlace de uma estória sem princípio, mas destinada a não ter fim. O tempo é uma ampulheta que escorre no coração dos amantes. O tempo não existe. É uma falácia libidinosa, para assistir ao engano de que estamos vivos.