Vou começar hoje, finalmente, um conjunto de breves textos referentes às viagens que fiz este verão pela Suíça. Um país lindíssimo, com pessoas igualmente bonitas, em que nada do que vemos acontece por acaso. Os suíços são mestres do planeamento antecipado, do rigor nas contas, nos horários, no seu turismo imaculado. Xenófobos? Não me pareceu! Mesmo sem saber falar alemão, consegui comunicar com as pessoas, sempre com um sorriso e respeito por um simples viandante! Mesmo quando estive perdido ao cair do dia, ajudaram-me, deram-me boleia e eu fiquei eternamente grato. Ao ter o meu irmão a viver em Sion (Cantão de Valais),tudo se torna mais fácil, pelo menos para o início da viagem. Decidi comprar um passe, que os suíços possuem em variadas modalidades. Este passe dá para utilizar todos os transportes públicos a um preço barato, em especial o comboio. Mas também autocarros regionais, barcos entre os lagos maravilhosos que a Suíça tem. E claro, bicicletas pelo país, gratuitas, sempre que quisesse circular pelas cidades ou vilas. Preferi utilizar quase sempre o comboio e depois, ao chegar às cidades, fiz tudo a pé. Fiz dezenas de quilómetros em oito dias! E fiquei maravilhado!
Comecemos pelo início: conhecia mal muitas cidades importantes da Suíça. O meu desejo, em primeiro lugar era conhecer essas cidades e vilas, as sedes de alguns cantões (que são 26), o que fervilhava de pessoas, de cultura, de vivências, de paisagens nestes locais. Comecei de Sion, onde apanhei o comboio até Brig, onde tive de mudar de comboio, até à capital do país, Bern. Bern, vem do alemão (Bär), que deu origem a Bärn e depois Bern, que significa urso, pois o duque que fundou a cidade, Berthold V, em 1191, disse que daria o nome do povoado, ao primeiro animal que caçasse. E foi um pobre urso. Ainda hoje, o Cantão da Capital exibe esse urso na bandeira.
Bern é cidade património mundial da humanidade e tem muito para ver.
Desde fontes, edifícios históricos, a monumentalidade dos mesmos (da assembleia federal - o parlamento nacional, o teatro nacional, os museus, as praças, as igrejas), mas também as esplanadas nas ruas principais (fechadas aos carros, mas não às bicicletas e aos eléctricos), a calma, a ausência de confusão (apesar de ser a capital do país). Tudo aqui funciona bem, as pessoas têm uma excelente qualidade de vida. Apeteceu-me não sair mais daqui!
Adorei Bern! Coisas a ver: as praças e ruas do centro histórico (Bärenplatz, Marktgasse, Kramgasse, Gerechtigkeitgasse), o Münster (catedral Gótica do séc. XV), a Rathaus (Câmara Municipal, séc. XV, com fachada gótica), o rio Aare e as suas belas pontes. Do lado sul do rio, a zona nova da cidade, com os seus museus (a Kunsthalle-Museu de arte Moderna; o Museu dos Alpes Suíços - a topografia, a geografia, os hotéis de montanha suíços; o Museu de História de Bern - com as tapeçarias Borgonhesas do séc. XV), o Museu de Historia Natural (lindíssimo museu, muito bem documentado e organizado, com todos os animais possíveis e imaginários), o Museu das Comunicações, o Museu de Armas Suíço (a fama de grandes guerreiros mantém-se para os Suíços). No centro histórico está ainda o Kunstmuseum (Museu de Belas-Artes). Na zona mais elevada, junto à Universidade, está o Zentrum Paul Klee (um grande pintor Suíço, dos meus favoritos). Mais haveria a falar de Bern! Ficam as imagens, que valem por muitas frases!
Imagem 1 - Bundesplatz e o parlamento federal
Imagem 2 - Kramgasse com a Zytglogge (torre do relógio, do Séc. XVI - o Relógio Astronómico, obra de Caspar Brunner)
Imagem 3 - Centro Histórico de Berna e
o Rio Aare (com a Nydeggbrücke)
Imagem 4 - Berna à noite, no centro histórico, junto ao rio Aare, na Junkerngasse, uma zona nobre e abastada
da cidade.