27 de junho de 2008

Redemoinhos...

Na falésia da utopia, há corpos insones na maré do sonho
Pétalas de luz na margem obscura do pranto e uma fulva,
demencial emanação das águas cristalinas. Há sexo na baía
do teu corpo exangue, um festival de reverberações e uma
anódina sessão de massagens suaves no limbo da tua pele.

E agora no mural em que me pintas, há corpos num torvelinho
de paixões. A musa está em férias e abeira-se do meu torpor,
sugando a linfa do meu perene limbo esfuziante de sons de búzios
e de mar. A queda de água precipita-se na bucal consciência
dos mortos, que em surdina segregam as vis virtudes do mundo.

A orla deu à costa, no quebranto da terra, um estilete de raios
luminosos, aguçando o anátema da dor. O prazer da sapiência
é imenso, aflorado na estação ogival das ondas. No fim da jornada,
há idílios consagrados, ritmos para animar corpos em dúvida, suor
e fama. Uma refeição gourmet com toda a maresia suave do mundo.

24 de junho de 2008

A Promessa

A Promessa:
Um unicórnio silente
no divagar das águas.

19 de junho de 2008

O Anúncio

O anúncio:
A decisão de plasmar o umbigo
muma esfera sem fim.

5 de junho de 2008

i.e., isto é: inteligência emocional!

É difícil chegar até cá. Há pausas na paisagem, rasuras do tempo indómito.
Na sombra dos abetos, há flores de sândalo à tua ilharga. Prisões de medo
é o que sentes na tua desmesurada inteligência emocional. Isto é: um pico
do mundo numa Sicília por desbravar. Vulcão do mundo, lava de desejo
e dor, enxofre em demasia no teu cabelo. Turbo i.e., a propulsão do mundo
só se dá nos desgostos da extasiada e efémera rota do silêncio. De resto,
andar devagar nas curvas da vida, rir e chorar por mais coisas importantes!