3 de dezembro de 2006

O meu contributo para o Aniversário - Inédito, não postulado, mas postado como comentário, em tempos idos de pré-entrada neste insigne blogue!

É uma daquelas estórias que nos faz pensar! Como a linha que nos separa entre a loucura e a genialidade, a segurança e o vaguear na rua, o abandono.Por vezes somos tentados a olhar para nós como seres perfeitos, acabados, formatados. Mas enfim, somos aquela massa moldável, que se transmuta ao sabor dos elementos da natureza, da vida, da sociedade. A nossa mente é falível! Logo, o ser humano é falível, capaz das maiores atrocidades, como das maiores acções humanistas, solidárias. É pena que não sejamos sempre assim!Já agora vos deixo uma proposta de leitura:- Leiam o grande Luís Pacheco, que é poeta, romancista, tradutor, satírico, erótico, mordaz, inconformado, à margem de todos os lobbies culturais. Hoje já tem perto de 80 anos, vive só, num lar em Lisboa. Esteve em Setúbal há poucos anos. Luís Pacheco foi o fundador de uma editora (de nome "Contraponto"), alimentou muitos escritores, deu-lhes trabalho. Anos depois, foi abandonado por todos, ficou só, na rua. Só a câmara de Setúbal o apoiou na altura. Leiam o "Diários Remendados", que se encontra nas livrarias. Um diário íntimo dos seus tempos de editor e escritor contra o sistema. Mas ele tem obras muito mais geniais. Não me recordo de mais títulos, mas vale a pena ir à procura, perguntar pela obra de Luís Pacheco. Um grande respeito a este senhor, bem-haja!
(comentário em jeito de Direito de Resposta a Língua Morta no Post "Arnaldo, O Comando")
À Guisa de Exemplo, este blogue deveria ter a Coluna do Provador! Quem melhor que uma língua para ser Provadora?! Viva ou Morta, não importa. Tal féretra figura será necessária!

10 Janeiro, 2006 13:58