Quando Morre um Poeta
Quando morre um poeta
fecham-se as palavras
como que envergonhadas
da sua serena solidão
As palavras, esse enigma do mundo,
balbuciam ao poeta a claridade
do momento de inebriamento
dos sentidos da vida fugaz
Mas é na morte que as palavras
se escondem, para recomeçarem
o seu uso na ancestral memória
dos caminhos por desbravar
Os poetas, esses criadores de mundos,
murmuram às palavras sonhos pela
madrugada fora, o desejo da eterna
mácula nos livros de desavergonhada
existência.
Para Manuel António Pina
fecham-se as palavras
como que envergonhadas
da sua serena solidão
As palavras, esse enigma do mundo,
balbuciam ao poeta a claridade
do momento de inebriamento
dos sentidos da vida fugaz
Mas é na morte que as palavras
se escondem, para recomeçarem
o seu uso na ancestral memória
dos caminhos por desbravar
Os poetas, esses criadores de mundos,
murmuram às palavras sonhos pela
madrugada fora, o desejo da eterna
mácula nos livros de desavergonhada
existência.
Para Manuel António Pina
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