4 de novembro de 2011

Amnésia

Amnésia.
Foi tudo o que senti.
Dores no corpo depois do acidente
quase fatal.

Quem me dera uma morte assistida
por computador.
Uma faca na carne putrefacta
da solidão.

Socorro-me das memórias
do antigamente.
O tempo rasura a minha
ausência de afectos.

Perco as linhas-mestras
do silêncio. Volto de
novo ao meu estertor
endócrino.

Deixa-me viver à vontade!

Já que nunca morri
de amores
por ti.