22 de junho de 2011

No Jardim das Hespérides

No Jardim das Hespérides me achei.
Aportei à baía dos malditos e na
esplanada acostei com um
copo de cerveja na mesa.

Era o tempo do lusco-fusco dos amantes
As Ninfas ofereceram-me as maçãs de ouro
Em troca tive de sustentar o mundo,
ajudando Atlas no seu labor.

Tive de libertar Prometeu, agrilhoado.
Para tal, matei a águia que comia
diariamente o seu fígado e tive
todas as honrarias dos Deuses.

Hera correu com as Ninfas e chamou
Ladon, o dragão confiável de cem cabeças.

A cerveja foi sorvida durante a escrita                  [do poema
O sol turgia-me as faces rosadas
Na minha fértil ficção mitómana
eu fiquei para sempre com as Ninfas.