16 de maio de 2011

Uma Imensa Solidão

Subo pé ante pé as escadas da minha imensa solidão

Naufrago no lancil a bonomia agitada das horas
em solavancos hediondos e íngremes

Apoio-me na madeira envernizada e brilhante
vejo o meu suado rosto no inferno da vida

Apago memórias que não quero esquecer
e sucumbo apenas nos últimos degraus

Tento soerguer-me, mas estou falho de forças
e a razão há muito que fugiu deste lugar

Corpo asfixiado e em desalinho das horas
uma pretérita vontade de sorrir

Aqui e agora, o impasse da queda
Eu sou a astenia embriagada e doce


No decúbito da minha imensa solidão

1 Comments:

Blogger O cão da meia-noite usou da palavra

Meu Deus!!!! Quantas almas naufragadas nesse mar... Dai-me forças, ó Deus dos aturdidos e fracos

17 janeiro, 2012 16:05  

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