24 de janeiro de 2011

Tracinho Decrescente

Do marasmo e da inocência, vítimas doces do dislate. Os cidadãos ficam em casa no sono
temporal do enevoado. Dom Sebastião na esfera dos inermes. Mais um cacto na seiva
dos anódinos votantes do caso sério. Um monte de rigidez que não aprecia jornais.

Noutras vias, o luar que vai minguando nos dias pouco-a-pouco crescentes.
Fevereiro está aí à porta, o mês da Febre Inglesa. A Ferver de não te ver.
Depois, a magnólia que trazias no rosto. Com a tua febre de vida num
sorriso recalcitrante. A alegria no teu rosto, as mãos suaves em
heresias sem fim. Depois, a comunhão de esforços na caminhada.
Um voto a mais no coração dos pobres patafísicos da utopia.

E na estrada que começa agora, uma velocidade suave e
prazenteira, sem buracos nem curvas perigosas.
Apenas o gosto de percorrer as vias principais
da paixão e do desejo. Se a coisa mais séria
da vida é a alegria, quero-te, séria e
profundamente densa e bela.
Como TU.