8 de dezembro de 2010

Outo no Tempo

Placas de zinco a voar. Muros a desabar. Há chuva no inferno dos pobres.
As casas desabrigadas e os postes retorcidos. Devassidão na urze aromática.
Rios a transbordar, mares a inundar as cidades feitas de ruído e demasiados
erros humanos. A falta de inteligência, aliada à gulodice do dinheiro e poder,
matam tudo. Morte lenta ou rápida. A natureza faz sempre bem o serviço.
Mais fácil é rebentar com tudo o que é ínvio que a justiça humana actuar
a tempo. O tempo. O tempo passa e é instável, sol, chuva, vento, frio, calor.
Outono final como a primavera inicial. Sempre exageradas, sempre infiéis
para os que gostam do conservadorismo e da monotonia dos estatutos.
Continua assim, tempo, a mostrares toda a tua força bela e sagacidade.