20 de setembro de 2010

Flor Carnívora

E na estação dos carvalhos chovendo ouriços, há uma estrada para o teu horizonte, agora frio e desnudo, depois do verão dos abraços e utopias. Despediste-te de mim com um suave beijo na espuma das horas eufóricas e temperamentais. Mas não v...ou, não saio daqui enquanto não encontrar a esperança insone dos percursos da imaginação. Uso o teu cabelo como poema na eira dos lobos mais reservados da serra. Só desfaço o teu olhar no prumo dos graníticos cais das melopeias sem fim. Termino a serena aragem dos sonhadores da vida em abraços arrepiados de frio e temor. Qual flor carnívora, cai um silabário de emoções na tua boca prenhe de amor.