1 de setembro de 2010

Físico-Química dos Sentidos

Limite zero na bonomia dos dias. Têmpera dura e fugaz na diametral lógica do mundo.
Arritmias na evasão melíflua dos amores. Copiosa chuva a sete chaves guardada.
Ritmos na sageza do luar insone. Cândida a tua mão no livro aberto da saudade.
Antídoto eficaz do veneno circunspecto. Treme a terra em suspiros magnéticos.

Na química dos materiais orgânicos, há ainda muitas experiências por realizar.
Da Física quântica, apenas sei dos sinais e das probabilidades da fusão cinética.

Música para os teus ouvidos de tísica, velho andrajoso e de cútis servil.
Em uníssono, uma valsa dos sentidos, cravos e violinos em demanda azul.
Transístores em polifonias do silêncio, as pilhas para gastar em energia sem fim.
Altifalantes no palco em estádios de memória sináptica, chamam por ti, faladora do ar.