24 de agosto de 2010

Artigos Indefinidos

Uma casa, uma fuga.
Um refúgio na orla da noite.
Estrepitoso dia do láudano.
Um esquilo trepa a árvore.
Um vinho das geografias da paixão.
Conexão axial do murmúrio.
Um estilete na diáfana profusão do teu olhar.
Uma equação infinita e o canto de um cisne.
Embaraço na fria noite do regresso.
Uma vida, uma partida.
Uma escolha para a eternidade.
Conversas no lusco-fusco da memória.
Um dois três dos desejos cardinais.
Uma primeira vez no amor ordinal.
Angústia no jantar da inquietação.
Uns e umas vivem na indiferença do amor.
Outros e outras rendem-se à sevícia da loucura.
Consumo-me em palavras prenhes de solidão.

1 Comments:

Blogger Angie usou da palavra

Gostei do poema :))

Achei graça ao termo "Lusco-fusco", lembrando-me de um dos episódios dos Gato Fedorento :D

Em relação ao poema, notei que as palavras foram bem escolhidas, permitindo-me imaginar cenários incriveis a partir das palavras.

28 agosto, 2010 04:23  

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