Tinhas na Mão uma Viola Braguesa
Tinhas na mão uma viola braguesa. Tocavas melodias do inferno em síncopes
assimétricas e sensuais. Da tradição não reza a história, dizias na melopeia
dos amores por construir. Em surdina, um trompete na diáfana languidez
do intermezzo. Da tua boca saíam esconjuros e cantigas de maldizer, carne
a arder nas profundezas salgadas da tua alma capciosa. Sobra muito tempo
para gritar os refrões de liberdade em ruas cheias de tráfico e sujidade. Na
urbana solidão dos sensíveis, há pessoas banais em barda, hordas de cabeças
boçais na tua letra mais inquieta dos últimos compassos. A música que
fazes é revolta irónica servida em doses suaves com duas pedras de gelo.
Enquanto outros continuarem a importar gestos, sons, produtos e a
normalização em massa, tu vais pegar com a tua forte mão na viola braguesa.
assimétricas e sensuais. Da tradição não reza a história, dizias na melopeia
dos amores por construir. Em surdina, um trompete na diáfana languidez
do intermezzo. Da tua boca saíam esconjuros e cantigas de maldizer, carne
a arder nas profundezas salgadas da tua alma capciosa. Sobra muito tempo
para gritar os refrões de liberdade em ruas cheias de tráfico e sujidade. Na
urbana solidão dos sensíveis, há pessoas banais em barda, hordas de cabeças
boçais na tua letra mais inquieta dos últimos compassos. A música que
fazes é revolta irónica servida em doses suaves com duas pedras de gelo.
Enquanto outros continuarem a importar gestos, sons, produtos e a
normalização em massa, tu vais pegar com a tua forte mão na viola braguesa.
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