12 de junho de 2010

Perdedor Sexual

Sou um perdedor sexual. Perco-me em redor da dor dos sexos anestesiados.
Na ambígua anamnese da ocasião libidinosa, há socalcos e magias na lucerna
acesa da noite. Cacos e filamentos de tungsténio nos cactos Mexicanos. A luz
é um globo terrestre que apieda-se do sol para a reprodução.

Sou um perdador sexual. Perco a dor no acto voluptuoso da fuligem efémera.
Um chá no deserto das ocarinas tranlúcidas. A perpétua-das-areias como
musa exaladora dos arfares olorosos. Cidades azuis, olhos-de-água verdes
no calcário de Marrocos. A sombra é um açúcar mascavado na saliva.

Sou um percursor sexual. Percorro as rotas da imagética dos corpos lacerados.
No sofisma apócrifo que vos escrevo, talho na rasura dos dias a inspiração velada
da memória. Rotas e sabores na salada feita por Alexandre da Macedónia.
O Grande, na criação umbilical da dor mais profunda dos sentidos.