1 de março de 2010

Angústia

Encontro-me na mais triste estação
O mundo que me apetece é do choro
A resignação impera, contra a minha vontade

Se tivesses um nome eu dar-te ia as rosas em teu louvor.
Se ocultasse uma espera, morria de sofreguidão agora.

Quero chegar ao simples, mas complico tudo com todos.
Queria amar e ser feliz, mas sou apenas cacos à espera
de uma cola redentora e fiel. Preciso de ti, de vós.

Estou encurralado neste nevoeiro denso e durmo.
Quero nomear-te, angústia, mas soçobro na bruma.

Até queria uns poemas com sentido, mas nem isso.
Estou perdido, sem rota nem mapas para tactear
a tua inteligência. Sou pequeno demais para este
universo dos grandes, dos fortes e bonitos.

A minha redoma é a minha violência. Estou mais
dorido que todas as agressões que me fizeram.
E a culpa é minha. Pedir desculpa, sarar as
feridas, acordar. Não posso hibernar para sempre.

Todos os abraços do mundo são vossos. Mulheres
por quem fui atravessado. Um gume de dor e
prazer na memória infinita da saudade.

1 Comments:

Blogger Sobolas usou da palavra

Por detrás o Sol brilha sempre!

30 abril, 2010 14:26  

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