Massa Oculta
Numa redoma sem fim encontro-me. Sou mais hábil nos protestos que na construção
de um dia perfeito. De resto, tudo é vidro que me circunda. Estou isolado nesta rude
metáfora que me condena. Queria circular nos teus braços e dizer o quanto és viva,
inteligente e amável. Que o teu sorriso confidencia-me dias de paixão intensos,
energia a rodos por esse Alentejo fora. Em Évora descobri os teus caminhos, ruelas
estreitas, vias desbragadas do amor. Vias da maturidade, das pedras na calçada, de
uma fenomenologia por inventar. Descobrir-te Rainha e Mulher ao mesmo tempo!
Mudar de vida (já dizia o Carlos Paredes) é trocar afectos, escrever novas moradas
da descoberta e da inquetação. Rasurar o passado nem sempre é fácil, mais simples
é radicar nesta morada em que me encontro, longe de tudo e de todos. Mas tu, amor
que nunca partiste, és o silêncio mais reconfortante que abracei, massa oculta num
frémito de alegria, paz e saudade. A tua sagacidade prova-se a cada dia que passa,
nos telúricos caminhos da tua personalidade. Sem máscaras nem rodeios, és uma
andorinha que voa sob o meu céu cinzento e febril. Estou prestes a rebentar com
este tempo embrulhado em que me encontro, partir os vidros do desejo e correr
sem olhar para trás rumo à estrela maior, coração doce no teu carinho sem fim.
de um dia perfeito. De resto, tudo é vidro que me circunda. Estou isolado nesta rude
metáfora que me condena. Queria circular nos teus braços e dizer o quanto és viva,
inteligente e amável. Que o teu sorriso confidencia-me dias de paixão intensos,
energia a rodos por esse Alentejo fora. Em Évora descobri os teus caminhos, ruelas
estreitas, vias desbragadas do amor. Vias da maturidade, das pedras na calçada, de
uma fenomenologia por inventar. Descobrir-te Rainha e Mulher ao mesmo tempo!
Mudar de vida (já dizia o Carlos Paredes) é trocar afectos, escrever novas moradas
da descoberta e da inquetação. Rasurar o passado nem sempre é fácil, mais simples
é radicar nesta morada em que me encontro, longe de tudo e de todos. Mas tu, amor
que nunca partiste, és o silêncio mais reconfortante que abracei, massa oculta num
frémito de alegria, paz e saudade. A tua sagacidade prova-se a cada dia que passa,
nos telúricos caminhos da tua personalidade. Sem máscaras nem rodeios, és uma
andorinha que voa sob o meu céu cinzento e febril. Estou prestes a rebentar com
este tempo embrulhado em que me encontro, partir os vidros do desejo e correr
sem olhar para trás rumo à estrela maior, coração doce no teu carinho sem fim.
3 Comments:
presente e poucas vezes ausente.{}
"és o silêncio mais reconfortante que abracei, massa oculta num
frémito de alegria, paz e saudade!"
Aquele abraço....
palavras que aprisionam a mais céptica das almas...
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