8 de fevereiro de 2009

Sementes do Conservadorismo

Não me mudem as caras no anoitecer dos anjos. Preciso do espaço certo
para a escrita fazer sentido(s). Mudar, sim, mas que não dê cabo da métrica
e das deambulações da alma. Ficas assim, presa ao meu querer, talvez
triste com o mesmo traste velho de há anos. Não aceites sem vislumbrar bem
o porquê de tanto aparato de cores e sinais. Tudo em vão. Desde que vivas
e sintas as coisas bem no âmago, tudo o resto é fogo-de-artifício na nuvem
passageira da vida humana. Conserva a lata de seres de outro tempo, que
foi apenas ontem, mas a correria do tempo é imprudente e frenética. Tens
de acalmar os cavalos às hienas do tempo do riso. Está na tua hora, da mais
verosímil lamentação e dor nos socalcos da tragédia do homem-ser-poeta.

2 Comments:

Blogger Aladdin Sane usou da palavra

"Era sóprabrincar ao cinema negro". Para matar o tempo, terá sido da falta de objectivos?

E não fales em traste, fica elegante e vintage.

Mas valeu a pena fazê-lo, só para ler este opúsculo!

Abraços!

08 fevereiro, 2009 15:11  
Blogger odeusdamaquina usou da palavra

Ainda nadas na Bellevue? Acho bem,
afinal "os corpos no lago eram de jovens no desemprego", versão ano 2009, de uma têxtil ou fábrica do ramo automóvel qualquer!
Vintage, sim. Mas eu até gostei da brincadeira. Também pus lenha na fogueira das vaidades, mas depois os textos ficavam todos anacrónicos e sabes que com a poesia brinca-se, mas com o anacronismo, não! Poeta "castrato", não!
Digam tudo o que quiserem,
patíbulo, anacreonte, mangão,
bate-lebre, perdigoto, alma lusão,
bonacheirão. Orelha mansa, ludibrinador, pato-bravo, actor de novela, luisão. Digam tudo o que quiserem: Poeta castrato, não!
(uma grande Ó (o vento lá fora) menagem à trois ao puteta pateta Ary dos Cantos (do morais e outros quejandos & queijadas de Cintra, do Sousa das Cervejas e do Actor das Cornucópias todas).
Já tinha saudades de discorrer lânguidamente sobre esta escrita de gelosia, no gel da poesia!
Isto até merece ser p(r)ost(r)ado no blog audiência zero. Para uma imensa minoria de desempregados a boiar nos lagos da indiferença que nos nutre a consciência embargada da maleita infecto-contagiosa da doutrina espúria da memória.
Mais não digo, que é segunda. A Feira das vaidades continua. Numa Telexcisão perto de si(m)!

09 fevereiro, 2009 21:42  

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