À Espera
É triste estar assim. Ser assim. Perdido nas histórias do passado, acreditar nos sonhos, utopias vãs que não fazem sentido hoje em dia. O amor é uma história volátil e inquieta, absurda.
Se te contasse todas as vezes que penso em ti, não acreditarias. Que dependo de ti, que não sei fazer mais nada senão escrever a valer, então está tudo dito, embora pouco dito. Agora, o que mais importa é não fazer ondas abissais nem revoltar a leve instância dos silêncios. Há que acordar em demasia, limpar os vidros do nevoeiro dos dias e esperar, esperar o sol encantador e
leve de um abraço carcomido. Sem poluição nem sombra, um lustro invade o corpo de dor em doses aparentemente pequenas. Mas a esfera dos preâmbulos inquietos não termina nos novos dias nem na carne putrefacta por cozer em banho maria. Liofilizações que partem da ausência, da vida imutável e breve dos humanóides, mas que aprenderam a raciocinar em demasia. Pronto para a despedida copiosa e dura, encontro-me no limbo afável da maresia dos teus olhos, que espreitam por um pó de saudade. Despeço-me de ti, mas sei que é até breve. Até já, meu apaixonado ser que sobrevive em mim nas miragens da glória e da ventura. Acaricio o teu rosto solene e perfeito, pleno de mágoa e tormenta. Dá tempo ao amainar das feras, à consciente imagem da melancolia, à dedicação de um anjo apaixonado e humilde, teu servo pequeno e jovial, de olhos esbugalhados no teu sorriso, perene memória de sonho que resiste ao tempo.
Se te contasse todas as vezes que penso em ti, não acreditarias. Que dependo de ti, que não sei fazer mais nada senão escrever a valer, então está tudo dito, embora pouco dito. Agora, o que mais importa é não fazer ondas abissais nem revoltar a leve instância dos silêncios. Há que acordar em demasia, limpar os vidros do nevoeiro dos dias e esperar, esperar o sol encantador e
leve de um abraço carcomido. Sem poluição nem sombra, um lustro invade o corpo de dor em doses aparentemente pequenas. Mas a esfera dos preâmbulos inquietos não termina nos novos dias nem na carne putrefacta por cozer em banho maria. Liofilizações que partem da ausência, da vida imutável e breve dos humanóides, mas que aprenderam a raciocinar em demasia. Pronto para a despedida copiosa e dura, encontro-me no limbo afável da maresia dos teus olhos, que espreitam por um pó de saudade. Despeço-me de ti, mas sei que é até breve. Até já, meu apaixonado ser que sobrevive em mim nas miragens da glória e da ventura. Acaricio o teu rosto solene e perfeito, pleno de mágoa e tormenta. Dá tempo ao amainar das feras, à consciente imagem da melancolia, à dedicação de um anjo apaixonado e humilde, teu servo pequeno e jovial, de olhos esbugalhados no teu sorriso, perene memória de sonho que resiste ao tempo.
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