A Pedra Essencial
- Gosto de confiar na minha barba!
- Cofiar! - disse-me ela na certeza do meu engano.
- Não. Gosto mesmo de confiar na minha barba! Ela ajuda-me a reflectir, a manter-me calmo
mesmo nas horas mais complicadas, ela tem sido a minha confidente nestes últimos tempos.
-Estou impressionada contigo! - desculpando-se embaraçada da invectiva anterior. Como é
possível um simples crescer de pelos negros e rijos fazer essa mudança? Isso são tretas que
inventas para ti próprio. Tens sempre de arranjar um amuleto, uma bengala para seres feliz?
- Só que eu não sou feliz! Posso aparentar estar bem, ser activo, deambular por muito sítio,
mas não sou feliz! É como se eu fosse uma casa: tenho uma boa sala onde posso ler, estudar;
tenho um bom quarto, confortável, quente, onde poderei descansar; ter a minha cozinha onde me alimento e mitigo a fome, ter um bom telhado onde não entram as chuvas; mas falta-me o
primordial: o alicerce, aquilo que permite sustentar todas as divisões da minha casa feita
vida, o Amor. Falta-me o amor, trave-mestra da felicidade.
- Continua a cofiar a tua barba! Talvez um dia tenhas a casa pronta! -disse-me com um
sorriso provocador e voltou costas ao edifício em desmoronamento, farto agora de lágrimas.
- Confiar! Tenho de confiar na minha barba. -isto enquanto secava as lágrimas à manga suja
e pejada de borbotos. Posto isto, fez-se a caminho do mar e escolheu a primeira pedra para a
sua nova casa. Desta vez começaria pelos alicerces!
- Cofiar! - disse-me ela na certeza do meu engano.
- Não. Gosto mesmo de confiar na minha barba! Ela ajuda-me a reflectir, a manter-me calmo
mesmo nas horas mais complicadas, ela tem sido a minha confidente nestes últimos tempos.
-Estou impressionada contigo! - desculpando-se embaraçada da invectiva anterior. Como é
possível um simples crescer de pelos negros e rijos fazer essa mudança? Isso são tretas que
inventas para ti próprio. Tens sempre de arranjar um amuleto, uma bengala para seres feliz?
- Só que eu não sou feliz! Posso aparentar estar bem, ser activo, deambular por muito sítio,
mas não sou feliz! É como se eu fosse uma casa: tenho uma boa sala onde posso ler, estudar;
tenho um bom quarto, confortável, quente, onde poderei descansar; ter a minha cozinha onde me alimento e mitigo a fome, ter um bom telhado onde não entram as chuvas; mas falta-me o
primordial: o alicerce, aquilo que permite sustentar todas as divisões da minha casa feita
vida, o Amor. Falta-me o amor, trave-mestra da felicidade.
- Continua a cofiar a tua barba! Talvez um dia tenhas a casa pronta! -disse-me com um
sorriso provocador e voltou costas ao edifício em desmoronamento, farto agora de lágrimas.
- Confiar! Tenho de confiar na minha barba. -isto enquanto secava as lágrimas à manga suja
e pejada de borbotos. Posto isto, fez-se a caminho do mar e escolheu a primeira pedra para a
sua nova casa. Desta vez começaria pelos alicerces!
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