Pueril Escrita
O frio faz-me enlouquecer aos poucos a mordomia do silêncio.
Acudo aos mártires da sombra o lúgubre local da descoberta dos sentidos.
São rumores de uma nova etapa de abraços. Nada fica ao acaso na senda dos
esteiros e canaviais do Ribatejo. Apenas restos de uma cidade benfazeja, um
indício de volubilidade da esperança. Mas há que conter os infernos no céu
da amargura. São canalículos cheios de ostras e a passagem estreita do navio
ancorado é apenas o sinal evidente do teu braço fraco e curto. Por agora, foco-me
nas salinas do teu anasalado cais. Há turbulência no afago mais simples. Como
sobreviver à exigência dos sinais? Marca-me apenas na pele um risco indelével
e substancial. No cotovelo da saudade, há mais mundos na aragem doce de uma
areia mais que branca e fina no teu rosto. Queria precipitar a voragem e excisão
da mente, mas apenas condensei um azimute demasiado frio e plúmbeo. Que
cidade quererá a expulsão da arte? Em esferas ancestrais, havia rabiscos nas
pedras mais iluminadas. Na selva das cidades com rios, há blocos de gelo em
demasiada combustão. Derretem-se as linhas de um texto incendiário. Está perto
de culminar, a viagem demorada da camioneta do interior. Louvaminhações à
parte, socorro-me da bússula ensanguentada de memórias. Faço do êxodo urbano
a minha felicidade. Pratico a vadiagem dos saberes. Sou um nómada dos sentidos.
Procuro abraços nos montes onde não há vivalma. Sou um poeta da utopia.
Corro sem cansaço e sem meta à vista. Hei-de encontrar traços apagados, ruínas
e mortos onde me posso encontrar mais perto. De ti, da criança que sempre fui.
Acudo aos mártires da sombra o lúgubre local da descoberta dos sentidos.
São rumores de uma nova etapa de abraços. Nada fica ao acaso na senda dos
esteiros e canaviais do Ribatejo. Apenas restos de uma cidade benfazeja, um
indício de volubilidade da esperança. Mas há que conter os infernos no céu
da amargura. São canalículos cheios de ostras e a passagem estreita do navio
ancorado é apenas o sinal evidente do teu braço fraco e curto. Por agora, foco-me
nas salinas do teu anasalado cais. Há turbulência no afago mais simples. Como
sobreviver à exigência dos sinais? Marca-me apenas na pele um risco indelével
e substancial. No cotovelo da saudade, há mais mundos na aragem doce de uma
areia mais que branca e fina no teu rosto. Queria precipitar a voragem e excisão
da mente, mas apenas condensei um azimute demasiado frio e plúmbeo. Que
cidade quererá a expulsão da arte? Em esferas ancestrais, havia rabiscos nas
pedras mais iluminadas. Na selva das cidades com rios, há blocos de gelo em
demasiada combustão. Derretem-se as linhas de um texto incendiário. Está perto
de culminar, a viagem demorada da camioneta do interior. Louvaminhações à
parte, socorro-me da bússula ensanguentada de memórias. Faço do êxodo urbano
a minha felicidade. Pratico a vadiagem dos saberes. Sou um nómada dos sentidos.
Procuro abraços nos montes onde não há vivalma. Sou um poeta da utopia.
Corro sem cansaço e sem meta à vista. Hei-de encontrar traços apagados, ruínas
e mortos onde me posso encontrar mais perto. De ti, da criança que sempre fui.
1 Comments:
uma mistura de realidade e de fantasia que gosto. {}
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