30 de janeiro de 2008

Sopa de Letras

Esfera imortal do poente.
Sagrada fonte de inspiração.
Rios e cacos, pedras moles da ausência.
Melhoro as vias da comunicação.

No deambular dos ouvintes
há uma rádio solitária. Zimbros
arrastam multidões de pássaros.
E o ocaso uma similitude de gestos.

Agora, há paixões efémeras e teatros
que não findam. Lotação esgotada de
deslumbramento "no coração".
Música, querem dar-nos eles!

E depois do adeus? Há revoluções
para dar e vender aos desabrigados
do amor? Ou Carnavais de ilusão
em postais e ecráns coloridos?

Falta-me uma falésia para vencer.
Há margens eloquentes das prisões
da alma. Quero que te percas nas
rotas do interior. Descentralizar o amor.

Enquanto a sorte dura, há chapa para bater.
Depois, apenas cacos ao domicílio. Vender fruta
ao desbarato nas ruas desalinhadas. Um filme
surrealista na praça do Escanção. Desertos
em vinha de alhos e um avião a aterrar já+.

Jamais te explico o significado dos versos,
das palavras em ambulatório, das terríveis
doenças de que padecem. São genéticas
patologias de irreversível diagnóstico.
Prosto-as numa canja quente para se curarem.

2 Comments:

Blogger Moyle usou da palavra

falta-nos a todos uma falésia para vencer. seja intra ou extra ela está lá. às vezes é preciso vencer a falésia de dentro para fazer desmoronar as de fora, às vezes é necessário vencer as falésias de fora para fazer ruir as de dentro. de qualquer maneira o que é preciso, neste momento e sempre, é arremeter contras as falésias.

30 janeiro, 2008 19:57  
Blogger odeusdamaquina usou da palavra

A falésia dada não se olha o dentro!

31 janeiro, 2008 13:03  

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