21 de janeiro de 2008

No Breve Espaço das Palavras

Um pouco mais de cinza no teu braço. Suor que esconde o abismo.
Mentecaptos na surdina do tempo - embriagar de almas ao desafio -
e uma rarefação eficaz nos meandros da chuva. Pautas e corrupios,
um forno que te consome a orla do sonho. Cresces na seiva abrupta
do teu sexo dourado, negócio impróprio para carnívoros. A melopeia
é eternal, cravos a soarem a báquicas contemplações, semifusas de
pétalas ao desvario. Percorro a mina de carvão na lousa breve do
teu corpo solitário. Em nenhum lugar te encontro para a exegese
dos sentidos transviados. Vita Brevis, solução aquosa da memória,
um conto histriónico e feudal. Comédia à (p)arte, percorro a sisuda
montanha envoltória das vozes por carpir. Nesta esfera vítrea, há
portagens sem freio nem rumor de vozes ao desafio. Desfio a espinha
dorsal do pensamento num fino e leve filete de azimutes variáveis.

Após a modorra dos dias empoeirados, há restos,
cotovias no ar das prisões efémeras da memória.

1 Comments:

Blogger ao saber dos dias usou da palavra

Espero e creio não ser a única a olhar mais palavras.
Alors!

29 janeiro, 2008 20:00  

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