Luíz Pacheco (1925-2008)
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Nascido em Lisboa a 7 de Maio de 1925, Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco desde cedo manifestou talento para a escrita, tendo frequentado o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, mas acabou por desistir devido a dificuldades financeiras.Em 1946 foi admitido como agente fiscal da Inspecção de Espectáculos, de onde um dia se demitiu dizendo que estava farto do emprego. Luiz Pacheco publicou dezenas de artigos em vários jornais e revistas, incluindo o antigo Diário Popular e a Seara Nova, e acabou por fundar a editora Contraponto em 1950, onde publicou obras de escritores como Raul Leal, Mário Cesariny, Natália Correia, António Maria Lisboa, Herberto Hélder e Vergílio Ferreira. Dedicou-se também à crítica literária e cultural, ganhando fama como crítico irreverente, que denunciava a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime do Estado Novo. Com uma vida atribulada, por vezes sem meios de subsistência para sustentar a família, Luiz Pacheco chegou a viver situações de miséria que ia ultrapassando à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues. Foi nesse período difícil da sua vida que se terá inspirado para escrever o conto "Comunidade" (1964), que muitos consideram ser a obra-prima de Luiz Pacheco. A "Carta-Sincera a José Gomes Ferreira" (1958), "O Teodolito" (1962), "Crítica de Circunstância" (1966), "Textos Locais" (1967), Exercícios de Estilo (1971), Literatura Comestível (1972) e "Pacheco versus Cesariny (1974), são apenas algumas das muitas obras publicadas por Luiz Pacheco. Nos últimos anos Luiz Pacheco viveu num lar em Lisboa, de onde se tinha mudado há alguns meses para casa de um filho e, posteriormente, para um lar noMontijo. (Texto retirado da edição do Expresso on-line, 6 Jan. 2008)
Saiba mais sobre Luíz Pacheco em: http://luizpacheco.no.sapo.pt/default.htm
2 Comments:
Tanta semente por aí que germina para uns, desconhecida de outros. Não conhecia. Ouvi falar no jornal da noite.
Isto é vida. Constantemente por preencher.
E os olhos. Vivos. Como os do meu pai. Vivos de vida.
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