Ancorados Desejos
Desejo final: abraçar-te até à morte dos líquenes. A esfera do pranto deu-se no olival do teatro.
Um forte aroma a bando de pássaros e um céu cheio de nuvens brancas, deixando o sol ver-te
na imensidão do teu cabelo. No perfume das ervas aromáticas, há um recanto com o predilecto
cheiro, o da perpétua-das-areias. Com hifenização horizontal e sem tremas de discórdia.
Na fisionomia de um beijo há lençois de água que prepicitam a derrapagem do desejo,acidentes
na linha feérica dos amantes. Duas cidades que se tocam, entre prefixo e sufixo. Na carruagem
dos olhares,há sinais de fumo entre as chávenas de chá de jasmim.Depois um doce,mel de urze
num inverno delicado, vinte dedos de conversa com a maior loquacidade das nossas vivências.
Sageza de te encontrar, um hábito sem monge nem epístolas, cartas de marear no feno dos
lençóis, marulhar de hipóteses e hipotenusas. No escaleno da tua curvatura dócil, há poemas
endiabrados e uma geometria das fontes idílicas. Manancial de trovões, o vento que derruba
anos de construção num mistral mediterrânico. Maré alta em ondas cavadas de bruma.
Premissa inicial: Deixar-te ao nascer do sol. Num arrazoado de razões e magnólias, há frugais
partos sem dor nem deleite, memória branca das silvas em palácios abandonados. Cortar-te
as madeixas da tua infidelidade e na remanescente melena prender-te à âncora junto à praia.
No estertor da tua fealdade, depositar bagos de chuva e arrastar-te até à paixão mais próxima.
Um forte aroma a bando de pássaros e um céu cheio de nuvens brancas, deixando o sol ver-te
na imensidão do teu cabelo. No perfume das ervas aromáticas, há um recanto com o predilecto
cheiro, o da perpétua-das-areias. Com hifenização horizontal e sem tremas de discórdia.
Na fisionomia de um beijo há lençois de água que prepicitam a derrapagem do desejo,acidentes
na linha feérica dos amantes. Duas cidades que se tocam, entre prefixo e sufixo. Na carruagem
dos olhares,há sinais de fumo entre as chávenas de chá de jasmim.Depois um doce,mel de urze
num inverno delicado, vinte dedos de conversa com a maior loquacidade das nossas vivências.
Sageza de te encontrar, um hábito sem monge nem epístolas, cartas de marear no feno dos
lençóis, marulhar de hipóteses e hipotenusas. No escaleno da tua curvatura dócil, há poemas
endiabrados e uma geometria das fontes idílicas. Manancial de trovões, o vento que derruba
anos de construção num mistral mediterrânico. Maré alta em ondas cavadas de bruma.
Premissa inicial: Deixar-te ao nascer do sol. Num arrazoado de razões e magnólias, há frugais
partos sem dor nem deleite, memória branca das silvas em palácios abandonados. Cortar-te
as madeixas da tua infidelidade e na remanescente melena prender-te à âncora junto à praia.
No estertor da tua fealdade, depositar bagos de chuva e arrastar-te até à paixão mais próxima.
5 Comments:
Conheces "Because of" de Leonard Cohen? Assim é a "tua palavra". Gosto do teu jogo. Algumas palavras que não conheço: e lá vou eu ao dicionário.
Afectos
Tal como tinhamos falado na passagem de ano, a Gestnave chegou ao fim.
É triste e revoltante.
Abraço.
Expectativas. Todos os problemas do mundo são causados pelas expectativas. Por outro lado, as coisas boas do mundo também são causadas pelas expectativas, mas isso já é mais discutível.
Este comentário foi removido pelo autor.
Companheiro K7. Lembras-te de eu ter falado do Luíz Pacheco, que estava num lar do Montijo?
Faleceu ontem. Parece que estava a adivinhar... Agora, já que não podemos ire ter com ele fisicamente, podemos lembrá-lo pela sua literatura. Há que ler e dar a ler Luíz Pacheco!
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