10 de outubro de 2007

Poema Celular

Diacrónico. Estado supressor e inacabado da benevolência.
Cardos por picar na abrasão dos teus braços sincréticos.
Paródia ao amanhecer numa filigrana simples e opiácea.
Momento atómico e nuclear Cromossoma do teu Citosol.
No Citoplasma da memória, os Centríolos da vida ligam-se
às Mitocôndrias na fase Cis do teu passado. O futuro é uma
nova etapa, desta feita Trans, com a oxidação daí resultante.
Perigo à espreita no teu Riboflavinaico corpo. Tanta vitamina
desmesurada e perfeita no teu olhar. No Retinol da tua carícia,
uma enzima instala-se no modelo Chave-Fechadura. É a combustão
total e orgiástica da Leucina com o Triptofano. Mas prefiro antes
o Ribossoma, a produzir as suas proteínas e depois o seu ácido,
Mensageiro alado para as células que te enviam o meu poema.