Póstuma Homenagem à Solidão Telúrica do Poeta
Na várzea, caminhos corridos
de um sabor azul, águas belas,
desalinhadas, como os teus cabelos ao vento.
Na neblina da tarde, o verão faz-se húmido,
palpável, calmo e alegre. Que prazer sentir
o porto de abrigo e uma bebida gelada!
Vivo no umbilical sonho desta ciência de lugar,
ocasos e sonhos, idílios e marcas
na frase mais amena desta estação.
No teu leito de pedra dura, és o amante do
Portugal profundo e solitário, de um cioso
sentir universalista, sentindo terra e nervos.
És o Geófago das paisagens e dos lugares.
Como tu, quero nutrir-me constantemente
de novas e telúricas sensações que inebriam
a alma dos poetas ancorados.
Ancorados no amor a um Portugal diferente,
desperto e culto, a um sentir mais íntimo
e intenso, em comunhão com as gentes,
o mar, a chuva e uma solidão feliz e amena.
(Ao Grande poeta Miguel Torga)
de um sabor azul, águas belas,
desalinhadas, como os teus cabelos ao vento.
Na neblina da tarde, o verão faz-se húmido,
palpável, calmo e alegre. Que prazer sentir
o porto de abrigo e uma bebida gelada!
Vivo no umbilical sonho desta ciência de lugar,
ocasos e sonhos, idílios e marcas
na frase mais amena desta estação.
No teu leito de pedra dura, és o amante do
Portugal profundo e solitário, de um cioso
sentir universalista, sentindo terra e nervos.
És o Geófago das paisagens e dos lugares.
Como tu, quero nutrir-me constantemente
de novas e telúricas sensações que inebriam
a alma dos poetas ancorados.
Ancorados no amor a um Portugal diferente,
desperto e culto, a um sentir mais íntimo
e intenso, em comunhão com as gentes,
o mar, a chuva e uma solidão feliz e amena.
(Ao Grande poeta Miguel Torga)
7 Comments:
Meu amigo dos teatros, já sei quem tu és.
Só não te linko agora porque são 5 da manhã, mas fá-lo-ei.
Seja como for, eu, como benfiquista sério, torço primeiro pelo Azevedo e só depois pelo Cãndido.
e já que estamos nessa:
Orfeu Rebelde
Orfeu rebelde, canto como sou:
Canto como um possesso
Que na casca do tempo, a canivete,
Gravasse a fúria de cada momento;
Canto, a ver se o meu canto compromete
A eternidade do meu sofrimento.
Outros, felizes, sejam os rouxinóis...
Eu ergo a voz assim, num desafio:
Que o céu e a terra, pedras conjugadas
Do moinho cruel que me tritura,
Saibam que há gritos como há nortadas,
Violências famintas de ternura.
Bicho instintivo que adivinha a morte
No corpo dum poeta que a recusa,
Canto como quem usa
Os versos em legítima defesa.
Canto, sem perguntar à Musa
Se o canto é de terror ou de beleza.
Sem dúvida o poeta universal.
Ora bem, mais palavras para quê!
Forte abraço, que o sol me anda a moer a cara(&)pinha.
Um daqueles trocadilhos que não lembra nem ao menino Jus! Atchim!
Uma homenagem merecida e que o "nosso" (des)governo ignorou!
Um abraco d'Algodres.
Reconheço o tua qualidade, gosto e vontade pelas Artes. Assim, desejo convidar-te a ingressar num "grupo" que o Ricardo Ruben e eu estamos a formar.
Este grupo terá como objectivos: o convívio, a troca de ideias, opiniões e a reflexão-acção sobre o panorámico artístico.
Mas principalmente, a "abertura-divulgação" da linguagem artística àqueles que não estão familiarizada com ela...
Espero tua resposta.
Fico muito agradecido plo convite! Aceito, concerteza, venham desafios e iniciativas. A partir de meados de Setembro podem contar comigo no Porto e em actividade. Até lá, estou em lenta letargia e em viagens da mente. É preciso repousar de vez em quando!
mas estamos nessa!
Abraço!
Enviar um comentário
<< Home