Agora: Escolha!
O meu desentendimento é uma parábola aos dias rançosos do universo metafísico-socio-cultural.
Dias rançudos, papudos e festivaleiros, anti-VIPerinos, anti All todas as coisas que sejam ALL, com Garve ou sem serem Garbosas. Vou acampar na ilusão metonímica do sonho de um jardim ancorado na bruma dos espelhos, o mesmo que dizer, vou fugir de ti, de mim, das palavras obscenas e merdosas, das romagens agravadas de pechisbeques, latrinas, coiratos com i (porque os com u têm melhor sabor). Aliás, tudo é mais refinado e inteligente com u (mais sóbrio, decente e educado). O Touro, Ouro, Tesouro, Couro. Há um U na tua vida que percorre as marés da inteligência, do pelouro da tua sensibilidade. Quantos U's há no hemisfério do teu corpo? Quantas margens são precisas para percorrer esse U concêntrico, inelutável? Despeço-me por Hora, com H de Humano, com o Humús da aventura Nupcial!
Retomo agora, as palavras suadas dos dias de estio, de um certo vazio cultural e cerebral. Silly season dirão os intelectuais do Centro, que também os há! Do centro occipital e indeciso, de um jogo de cintura à procura do agrado das margens. Escrita esta com margens e erros, sombras e postigos, é o tempo dos corpos estelares dirão uns, para mim é o abandono de te ver. Abandono de um país seco e carcomido, mesmo sem combustão de florestas, as mentes secas, a gasolina jorrada em jacto no nosso país emigrante de carro-de-luxo a díesel queimado. Uma doce inocência do retorno a um país sintético e sincrético. Agosto transporta os clarões dos petardos inconsequentes. Festas, feiras, fantasias para português ver. O Inglês vê o Allgarve alimado em carapaus de corrida que abundam pelas praias do levante. Diante de tal latitude latifundiária, só nos podemos socorrer do microcosmos climático e encontrar ilhas de prazer.
Transpiro a fé em báquicas contemplações de uma vida ausente, de um ócio permanente, hedonismo, palavra fálica, fiel reduto da dor.
Agora filosofas sobre a psicologia das espécies qual maquinista da carruagem parada. E falas na terceira pessoa, como se estivesses lá longe, inalcançável, imperscrutável.
Longe de tais agouros me vou, em demandas da saudade. Insanidade ao estar aqui. Agora!?
Agora: escolhe o mundo que queres pôr na tua cabeça, que horizontes e limites impões a ti próprio. Se fosse a ti, escolhia a rebeldia da vastidão do universo!
4 Comments:
interessante...
O chamado agosto luso-ou- descendente!
"E agora eu vou-me embora, embora a dor não queira ir já embora, agora eu vou-me embora e parto sem dor. E parto dentro de momentos apesar de haver momentos em que dentro a dor não parte sem dor."
:*
O D. Sebastião foi para Alcácer Quibir, de lança na mão a investir, a investir com o cavalo atulhado de livros, de histórias...
pra cantar vitória!
*********
E apanhou tal dose do tal nevoeiro,
que a tuberculose o mandou pró galheiro, fez-se um funeral com princesas e reis e etc&tal
Viva Portugal!
Enviar um comentário
<< Home