Apetecível Sílaba
Como foste capaz de salgar o mar numa sílaba apetecível?
Rumores da náutica maré dos esconssos batéis apetrechados de cardumes de vida.
Em que bolandas deste cor às nuvens entrecortadas de ventos vindos do Norte?
Pátria dos vulcões orlados de cinza telúrica, esparsas madrugadas do ódio.
Petrificado qual estátua de Lot, voltaste-te ainda na primavera dos destroços.
Sodoma e Gomorra enclausuradas na hedónica salsugem dos corpos férteis.
Numa outra latitude, as pérolas são divididas pelos reluzentes e anafados porcos.
Trituras a seiva do teu prazer em estiletes de prata e dor,
misturados no soro melífluo dos sentidos.
Voltas à terra, voas sobre o mar e no lodo das paixões efémeras soçobras de inacção.
Quantas voltas o mundo tem de dar para sugares a inquietude do dia?
Na selva das palavras, rasuras a erva daninha, o excesso de devassidão de imagens.
Como foste capaz de saborear a apetecível sílaba em salgados versos?
Rumores da náutica maré dos esconssos batéis apetrechados de cardumes de vida.
Em que bolandas deste cor às nuvens entrecortadas de ventos vindos do Norte?
Pátria dos vulcões orlados de cinza telúrica, esparsas madrugadas do ódio.
Petrificado qual estátua de Lot, voltaste-te ainda na primavera dos destroços.
Sodoma e Gomorra enclausuradas na hedónica salsugem dos corpos férteis.
Numa outra latitude, as pérolas são divididas pelos reluzentes e anafados porcos.
Trituras a seiva do teu prazer em estiletes de prata e dor,
misturados no soro melífluo dos sentidos.
Voltas à terra, voas sobre o mar e no lodo das paixões efémeras soçobras de inacção.
Quantas voltas o mundo tem de dar para sugares a inquietude do dia?
Na selva das palavras, rasuras a erva daninha, o excesso de devassidão de imagens.
Como foste capaz de saborear a apetecível sílaba em salgados versos?
10 Comments:
Como dizem no Porto quando se pergunta a direcção: é sempre em frente (sic)
Talvez seja! É o espírito prático dos Portuenses. Hoje estás muito Sic. Será televisão? Será locução proverbial?
SIC -Somos Inocentes e Culpados
SIC - Serviço de Inteligência Criativa
o resto completas tu...
há muitas sic para inventar.
Aliás, há muita vida para ser inventada a cada instante.
Ah, e claro, este texto é sempre em frente! Para rumar contra a maré! Não para remar, mas rumar.
Pode-se dizer que são poemas activos, onde nunca lhes falta a força para avançar. Avançam porque acreditam. Acreditam no ser humano, acreditam na mudança, acreditam nos sonhos, acreditam na memória, acreditam no amor, acreditam na paixão, acreditam em ti, acreditam em si mesmos, acreditam no bom de ti para fazer acreditar o si, acreditam que o ti tem tantas responsabilidades como o si, que o ti pode dizer bem ou mal, que pode instigar, inspirar, desenvolver, questionar, marcar, aplaudir, assobiar, abraçar, tentar, ameaçar, rasgar, matar o si. E ao si resta-lhe desistir ou inovar, acrescentar ou rasurar, demitir ou delegar, renegar ou aceitar, amar ou recusar, lutar ou desistir, expurgar ou ingerir, resta acreditar em criar, sonhar, pegar em si e acrescentar: acrescentar o cê, ficar! ficar com sic! Ficar consigo! Ficar contigo! Ficar comigo! Ficar connosco! Ficar convosco! Ficar com eles!
DesmistiFicar!
Gosto da espuma das imagens e palavras.
As sílabas com sal fazem mal ao colesterol dos versos.
O colesterol combate-se com a dialética diária da sanidade mental e percursos diários dos olhares atentos! Com muita sede de vida!
A canção da redenção cultivada aguarda
em poiso estratégico pelo vale vulcânico
de pressão térmica que irá urinar dos céus
avalanches das mesmas libelinhas em casulo;
a urgência dum boato de balcão declarou
explícitamente que tudo na natureza é sexual,
inclusive as carraças estomacais de Cronenberg,
mastigamo-las, abandonamos com audácia a
tal vaga pegajosa de enteogenia casual nos dedos,
para irmos passear o prepúcio de jesus na recente
desANCA, sorte relembrada intencionalmente,
é factual que pestanas roídas bem de rentinho
esguicham pus da Pérsia proveniente dos ossos
possuídos pelos fantasmas enraízados no fígado.
O notário das deficiências exclui os denegridos
aspiradores que debitam vagares de rancor e
negligenciam o palpitar sonoro das temperaturas
bipolares, método extremo, irrecusável híbrido
das sensações que se comprometem ao sucesso
patriota, o fulcral é desintegrado de intrigas
e torna-se ancorad’oiro acústico de castigos
protegidos pela projecção de fracções limpas,
aglomerado espaço contorcionista na explosão
lavada de proporção que agita a liteira da apatia
excitada dos grilos ou pulgas coçadas por temor,
sugam a vingança líquida cujos insectos segregam
à noitinha e ajuda-nos a adormecer no futurismo.
A possibilidade é inesgotável em acesso micológico
prolongado pelos níveis de ocasiões sintetizadas,
como navios rodeamo-nos de cedências e pau de
cabinda puxando as peles ao longo do presente podre
num estrado vandalizado por térmitas rapadas,
atraem ruídos inesperados os minerais afeminados,
secando suas treze folhas no paredão do planisfério
engendrado pelos rabiscos em losango dos que
nunca se decidiram amar mais aproximadamente,
mudam de péssima personalidade e jamais cessarão
de lamber na vertical a cervical usada das AFROdites,
que, naquele banquinho giratório da bebedeira, te
questiona sobre quais os arames patinadores exógenos
são sedutores de preâmbulos súbitos por se atarefarem
em amolgar pacientemente nossos repelentes logros,
sustentam sós a fanfarronice nos instantes sorvidos à
torneira danificada de bens incomodativos em exílio.
Demorou, o curandeiro do funcionamento viúvo,
mas as divergências do maltrapilho cedo foram
drenadas pelo titubear palpável da selecta sabichona.
in QUIMICOTERAPIA 2004
WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM
Na esperança lúgubre animal sentado na canzoada de esperma, aguarda-se a surrealização do acaso épico na estreita telefonia do ópio do côvo, súbdita paragem do vício, narcolepsia antropofágica e esgares ao desafio, num desfastio impetuoso e vulcânico, magna terra, manga, pulsões e punhetas.
Não escrevo mais porque dás-me um baile a escrever!
Gostei linfoma_a_escrota, numa escrítica Quimioterápica, noctívaga, perEscrotada e linfomaníaca!
Já comecei a ler os teus escritos no blog.
Despeço-me por aqui com alegria e amizade. Acho que não vou escrever mais, estou deprimido, tu escreves melhor que eu. Eu chumbei no 2º ano porque tinha a letra feia! Deve ser por isso. Agora vingo-me pois posso beber whisky à vontade, estou deprée! Allez!Allez!
Não estou a gostar da desistência. Somos homem e Mulher...ok mulher.
Já não sei se sou homem ou Mulher. As mulheres devem ser sempre com eMe grande. Porque as mulheres são grandes! Grandes Mães, grandes amigas, grandes amantes, grandes companheiras, grandes confidentes, grandes escritoras, grandes trabalhadoras, grandes seres humanos.
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