31 de maio de 2007

Vegetália Animália

Mas quais tomates, quais quê!
Connosco não há cá dessas merdas. Não alinhamos nesse vegetal manhoso!
O tomate é ofensivo dos bons costumes! Lembrem-se da tomatina, lá de Pamplona
(ou perto de Navarra).
Tomate está associado a touradas, a rua, a tudo o que é mais tradicionalmente
bacoco e atrasado! Por isso, não há cá tomate pra ninguém.
Ainda por cima o tomate é sempre chamado à coacção nas representações teatrais, sempre que se não gosta do espectáculo! Isso é treta! Se não gostas, reclama na bilheteira e pede o dinheiro de volta. Se não gostas, sai a meio. Grita para o palco: Cambada de Cabrões! de Canastrões!
Isso sim, é acção social e política! Agora Tomate? O único que devíamos ter algum respeito é pelo de Almeirim, defendendo a indústria nacional de conservas e polpa de tomate Compal.
E depois, o ajavardamento da palavra no plural: Tomates?
Ah, tu não tens tomates pra isto! Ou, eu tenho uns grandes tomates!
Vão todos bugiar (não é ir para o farol do Bugio), porque o que nós queremos é seriedade neste país! E camelos na Margem Sul! Como o Mário Lino, camelo-mor da invectiva disparatada.
Como eu disse numa frase lapidar um dia: "este homem anda a esculpir disparates"!
É bonito e não ofende com vegetália rasteira. Há que ter nível, há que ter cultura!
Contra o Tomate, marchar, marchar!
Por isso, não há nomeações pra ninguém!