Ousar e Acusar
Na lâmpada do génio
a prata é o brilho cândido
Desejos que demoram
a eternidade da espera
E no palco, nas oníricas
expressões da alma
O condão da dor, na
luta sempiterna contra o mal
Angustiavam-se as vozes
dos bárbaros infanticidas
O prisioneiro queria fenecer
mas lá em cima, soldados
violavam sua mulher
Apenas porque lia uns livros,
não seguia de braços no ar
aquele senhor do regime
um "filho de Deus", um
amante da pátria!
E na selva das cidades
o brilho vago, o cheiro
a bafio daquela gente ruim!
Foram letras lidas no indizível
da memória, no horror do passado,
no terror dos presentes manchados
de morte sofisticada e silenciosa
Apesar do aparato da informação,
apesar de tudo feito às claras,
o poder reina nas sombras
deste sol da democracia
Um grito de angústia,
um laivo de suor, de escárnio
Está na hora de mal dizer
da vida que levamos!
a prata é o brilho cândido
Desejos que demoram
a eternidade da espera
E no palco, nas oníricas
expressões da alma
O condão da dor, na
luta sempiterna contra o mal
Angustiavam-se as vozes
dos bárbaros infanticidas
O prisioneiro queria fenecer
mas lá em cima, soldados
violavam sua mulher
Apenas porque lia uns livros,
não seguia de braços no ar
aquele senhor do regime
um "filho de Deus", um
amante da pátria!
E na selva das cidades
o brilho vago, o cheiro
a bafio daquela gente ruim!
Foram letras lidas no indizível
da memória, no horror do passado,
no terror dos presentes manchados
de morte sofisticada e silenciosa
Apesar do aparato da informação,
apesar de tudo feito às claras,
o poder reina nas sombras
deste sol da democracia
Um grito de angústia,
um laivo de suor, de escárnio
Está na hora de mal dizer
da vida que levamos!
1 Comments:
Eu até diria que o poder reina ao sol nesta sombra de democracia.
Brilhante este teu poema.
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