Livro Incompleto -Tomo I
Incúria!
do animal parado que há em ti
A extorsão da memória
num futuro agitado
Prestas atenção ao discurso sonâmbulo
dos afectos quebrados na rotina dos dias
Oblivias a tua mente no sensual cheiro
do universo em fatias mistas de dor
Adular o petrificado
do passado pomposo
na tua escória dos
vagamente etéreos
e imberbes sonetos
Caiu-te a suprema malícia
da primavera dos troços
obtusas rotas do infinito
No dealbar da noite
a fineza do teu secreto adeus
Porta-estandarte da poeira
dos dias enviesados no mar
Fria, calcária mente insurrecta
águas paradas no frémito da luz
nacarada de desejo.
Arames farpados da ebrúnea noite
de nevoeiro intenso. Coloração
semiótica e metalinguística.
Jogos à parte, as favelas da vida
são fardos bem secos
na esteira do teu acamado
solilóquio trans-geracional.
Hifenizado para fazer sentido(s)
nos rumos contraproducentes
dos acordos do português gramatical
Libidinosa sílaba abrigada do vento
o odor do verso é pátria mãe
dos dias infindáveis
Desejo-te sorte
nas intermitências da vida
que o parágrafo nos dá!
Completo o exílio da forma
adianto a composição inusitada
de um texto hiperbólico
Supra-sumo da parábola
sem caroço nem casca
para mastigar.
O gomo
do teu andar é a fibra
que me impele a refazer,
a realizar o corte dogmático
com o presente.
Vilipendiado o olhar motriz
da tua candura, não há obra
que se escreva sem um nó
na garganta funda do meu
funesto sentimento.
Perdi-me na perífrase
da orla manchada de crime
o sexo macabro e infértil
da tua dança, as chamas
inquietas que libertam perfume
as cálidas manhãs de orvalho
na gelosia da mata breve
de escárnio e rasganço real.
Famigerado corpo dolente
e rebuscado de afecto
Edição revista e argumentada
com direito a posfácio
Na badana do teu firme rosto
o título a grosso, rasurado
Está a sair-me da boca
um murmúrio azul:
- "No prelo do teu demasiado amor".
do animal parado que há em ti
A extorsão da memória
num futuro agitado
Prestas atenção ao discurso sonâmbulo
dos afectos quebrados na rotina dos dias
Oblivias a tua mente no sensual cheiro
do universo em fatias mistas de dor
Adular o petrificado
do passado pomposo
na tua escória dos
vagamente etéreos
e imberbes sonetos
Caiu-te a suprema malícia
da primavera dos troços
obtusas rotas do infinito
No dealbar da noite
a fineza do teu secreto adeus
Porta-estandarte da poeira
dos dias enviesados no mar
Fria, calcária mente insurrecta
águas paradas no frémito da luz
nacarada de desejo.
Arames farpados da ebrúnea noite
de nevoeiro intenso. Coloração
semiótica e metalinguística.
Jogos à parte, as favelas da vida
são fardos bem secos
na esteira do teu acamado
solilóquio trans-geracional.
Hifenizado para fazer sentido(s)
nos rumos contraproducentes
dos acordos do português gramatical
Libidinosa sílaba abrigada do vento
o odor do verso é pátria mãe
dos dias infindáveis
Desejo-te sorte
nas intermitências da vida
que o parágrafo nos dá!
Completo o exílio da forma
adianto a composição inusitada
de um texto hiperbólico
Supra-sumo da parábola
sem caroço nem casca
para mastigar.
O gomo
do teu andar é a fibra
que me impele a refazer,
a realizar o corte dogmático
com o presente.
Vilipendiado o olhar motriz
da tua candura, não há obra
que se escreva sem um nó
na garganta funda do meu
funesto sentimento.
Perdi-me na perífrase
da orla manchada de crime
o sexo macabro e infértil
da tua dança, as chamas
inquietas que libertam perfume
as cálidas manhãs de orvalho
na gelosia da mata breve
de escárnio e rasganço real.
Famigerado corpo dolente
e rebuscado de afecto
Edição revista e argumentada
com direito a posfácio
Na badana do teu firme rosto
o título a grosso, rasurado
Está a sair-me da boca
um murmúrio azul:
- "No prelo do teu demasiado amor".
4 Comments:
depois do não poder deixar deixei (em blog próprio) o que deixo agora aqui é simplesmennnnn....te lindo... e muito mais deixo em explicações que 40 explicações poderiam deixar. Embora possa parecer não foi na hora dos 40 ladrões. Confuso? Mas foi o que me apeteceu deixar. Porra: é mais fácil dizer: é o máximo.Desculpem mas hoje é o meu dia de psicanálise avec Freud.
Espero que reencontres Freud bem disposto e que convoque Maquiavel para agradáveis suspensões da memória catártica!
Confusa?
São 40 palavras que roubam aos sentidos a pureza singela deste meu agradecimeto. Tens de ser especial para encontrar nesta prosa algo de máximo. Sou um simples ladrão de imagens e sonhos ressabiados, de verve fácil e seiva escorrendo em abruptas pulsões germinais.
Tomara eu ter Freud e o seu divã, para me endoscopiar a tormenta criativa do meu cérebro infantil!
Acredita em Bruxas? Não?!Mas uma existe,deseja ser um selo de correio e precisa do seu voto!
Clicar aqui para votar na Bruxa
Tomo outro!
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