Fechado para Obras de Reflexão
Ilegal mordaça
Primavera destroçada
pelo dilúvio da voz
abafada
Consciência do olhar
da tenebrosidade
da tua pele rasgada
pelo vento frio
Tundras da vida
no gelo dos afectos
as costas voltadas
ao colectivo
Falar em surdina
para não incomodar
o próximo humanóide
que finge sentir
Navegamos nas imagens
nas palavras ocas de sentido
e o que se vê é puro hedonismo
nas nossas vidas solitárias
Transferimos o futuro adiado
para o nosso presente acelerado
sem trocas de olhares, de sabores
e saberes na calma da tarde triste
E ficamos, quais estátuas de Lot
na imanência dos sentidos
permanecemos na perene
casa dos dias adiados
com controlo à distância
e redes digitais que fingem
aproximar-nos, tolhendo
a memória e as utopias
Há que re-agir!, senhores
doutos do mundo
a frieza deste cérebro
está a aquecer o nosso planeta
E sem tempo, só olhamos para trás
e cristalizamos a vida
nas minudências dos ritmos modernos
enquanto o carro voa a 180 à hora
Percurso quase Futurista
de um condutor azarado
nas multas que a estrada dá
Urge reconhecer
o falivel artifício
em que nos envolvemos
Estamos na redoma
Já não sabemos
nem temos forças para sair dela?
Primavera destroçada
pelo dilúvio da voz
abafada
Consciência do olhar
da tenebrosidade
da tua pele rasgada
pelo vento frio
Tundras da vida
no gelo dos afectos
as costas voltadas
ao colectivo
Falar em surdina
para não incomodar
o próximo humanóide
que finge sentir
Navegamos nas imagens
nas palavras ocas de sentido
e o que se vê é puro hedonismo
nas nossas vidas solitárias
Transferimos o futuro adiado
para o nosso presente acelerado
sem trocas de olhares, de sabores
e saberes na calma da tarde triste
E ficamos, quais estátuas de Lot
na imanência dos sentidos
permanecemos na perene
casa dos dias adiados
com controlo à distância
e redes digitais que fingem
aproximar-nos, tolhendo
a memória e as utopias
Há que re-agir!, senhores
doutos do mundo
a frieza deste cérebro
está a aquecer o nosso planeta
E sem tempo, só olhamos para trás
e cristalizamos a vida
nas minudências dos ritmos modernos
enquanto o carro voa a 180 à hora
Percurso quase Futurista
de um condutor azarado
nas multas que a estrada dá
Urge reconhecer
o falivel artifício
em que nos envolvemos
Estamos na redoma
Já não sabemos
nem temos forças para sair dela?
1 Comments:
Ó Rosa arredoma a saia
Ó Rosa arredoma-a bem.
Maria Pernilla, tu tens tu tens
Debaixo da saia os três vinténs
E ou mais acima e ou mais abaixo
Onde é cús tens cús não acho?
- Agora a sério: belíssimo!
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