Palavra puxa palavra puxa acção!
A mais secreta inocência
O mais sereno olhar
Faúlhas na memória
Buracos nas tuas solas
Precipícios sem fim
Deserto telúrico
Uma para o caminho
no trajecto mais íngreme
Parcas palavras no desafio feroz da consciência, ultimatos devastadores, iniquidade e tresvario. Farto do Individualismo, do diz que disse, dos anormais que soltam palavras ao vento, que julgam que tudo sabem, que são potentes e omnipresentes, mas que se ausentam do colectivo. Mamarrachos humanos, competidores de si mesmos, esgares cínicos, gestos sardónicos, portes altivos, foda-se para os inveterados vertebrados sem miolos de gente honesta!
Partir os particípios, os passados, os usados, os dados como nados adquiridos!
Circunvalações metamorfósicas, a cultura do não-pensar, a Ocidentalar praia dos abjectos contrafactores de sistemas, capitalismos exacerbados na ignara vida quotidiana. Uma cultura caseira e televisiva com a idade da infância a inundar-nos em novelas, programazecos para rir e chorar por mais e melhor não existir na nossa vida! Benfazejo inverno do nosso descontentamento, em que estupidificamos defronte dos écrans da nossa narcísica vontade.
Estiolamos as memórias, não inscrevemos em nós um passado de emoções, queremos uma sociedade translúcida e gordurenta, que não desaparece mesmo com o calor! Uma incrustada cultura do presente, do efémero social, do nivelar abaixo da linha de água o saber, de sermos governados rumo a uma descida de divisão do conhecimento, do espírito crítico, do sonho, da criação por tentativa e erro. Erramos, mas não queremos que os outros saibam disso! Somos bonitos, fortes, saudáveis e lavadinhos por fora. Branco mais branco não há! Névoa branca, Sebastiânico nevoeiro que nos turge os sentidos. Esperamos e desesperamos por aquilo que não temos nem há! Precisamos de memória de elefante, precisamos de inscrever em nós o passado, carregar o fardo do exílio, do direito à diferença!
Encontrar-me
aqui e agora
Ser o mais silencioso
possível
num mundo de ruídos
e silvos a mais
A paz, a janela aberta
para levar com a chuva
Sair para viver!
Deixar de sobre viver!
O mais sereno olhar
Faúlhas na memória
Buracos nas tuas solas
Precipícios sem fim
Deserto telúrico
Uma para o caminho
no trajecto mais íngreme
Parcas palavras no desafio feroz da consciência, ultimatos devastadores, iniquidade e tresvario. Farto do Individualismo, do diz que disse, dos anormais que soltam palavras ao vento, que julgam que tudo sabem, que são potentes e omnipresentes, mas que se ausentam do colectivo. Mamarrachos humanos, competidores de si mesmos, esgares cínicos, gestos sardónicos, portes altivos, foda-se para os inveterados vertebrados sem miolos de gente honesta!
Partir os particípios, os passados, os usados, os dados como nados adquiridos!
Circunvalações metamorfósicas, a cultura do não-pensar, a Ocidentalar praia dos abjectos contrafactores de sistemas, capitalismos exacerbados na ignara vida quotidiana. Uma cultura caseira e televisiva com a idade da infância a inundar-nos em novelas, programazecos para rir e chorar por mais e melhor não existir na nossa vida! Benfazejo inverno do nosso descontentamento, em que estupidificamos defronte dos écrans da nossa narcísica vontade.
Estiolamos as memórias, não inscrevemos em nós um passado de emoções, queremos uma sociedade translúcida e gordurenta, que não desaparece mesmo com o calor! Uma incrustada cultura do presente, do efémero social, do nivelar abaixo da linha de água o saber, de sermos governados rumo a uma descida de divisão do conhecimento, do espírito crítico, do sonho, da criação por tentativa e erro. Erramos, mas não queremos que os outros saibam disso! Somos bonitos, fortes, saudáveis e lavadinhos por fora. Branco mais branco não há! Névoa branca, Sebastiânico nevoeiro que nos turge os sentidos. Esperamos e desesperamos por aquilo que não temos nem há! Precisamos de memória de elefante, precisamos de inscrever em nós o passado, carregar o fardo do exílio, do direito à diferença!
Encontrar-me
aqui e agora
Ser o mais silencioso
possível
num mundo de ruídos
e silvos a mais
A paz, a janela aberta
para levar com a chuva
Sair para viver!
Deixar de sobre viver!
3 Comments:
se calhar isto não é para tipos burros como eu. é pena.
Nada disso amigo! isto é escrito por decadentes raivosos da vida que levam, ou seja, somos uns tristes! Vem juntar-te à festa!
Aqui todos somos pela preservação do gado asinino! (AEPGA- Associação para o Estudo e Preservação do Gado Asinino de Miranda do Douro.)
É por "sítios" como este que eu ainda não perdi a esperança e que, por mais calado que vá estando, por cá continuo.
Já chegam um bocadinho a destempo mas, assim como assim, têm a desculpa de chegar de longe:
Parabéns.
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