1 de dezembro de 2006

Corpo, Som, Movimento? (ou O Bar & A Sede)

Corrupios, inolvidável
ausência dos afectos
a ladaínha ensimesmada
na oculta margem
da alegria

Frenéticas canções
no deambular das marés
o ocaso inone
sem deus nem pátria

Dormi na secura
do teu circunspecto
olhar

E a dança, louca
melancolia numa
luz feérica

A causalidade
reverberada na
infame memória
dos sentidos

Perfume cálido,
louca abstracção
nas insignes
tempestades do olhar

Leituras ao desvario
inocência resplandecente.
Na aura crepuscular
o sentido dos percursos

Movimentos perfeitos
na perpétua constelação
do teu corpo.