30 de novembro de 2006

Troleicarros Funiculares

Na língua
o sal de um cais
ancorado.

Uma gota
de mel na ausência
de amor.

A frescura dos
hálitos consagrados
a menta e hortelã.

O cio das vozes
timbradas de
aroma celular.

O vazio das estrelas
perfídia ao luar
e um eléctrico desejando
ter nome

Ficções,
coretos e nenúfares
na aurícula esquerda

Pulmões e tabaco
por degradar

A vida é a simbiose
da matéria perdida.