11 de outubro de 2006

intellectualize our madness

"Afigura-se-me, por vezes, que há só duas espécies de gente que vive fora do que E. E. Cummings definiu como "este mundo a que chamamos nosso": os doidos e os artistas. Evidentemente que há ainda os que não são artistas profissionais e os que não estão internados em manicómios mas que possuem suficiente número de elementos mágicos de loucura e imaginação capazes de lhes permitir também ser criaturas à margem do "mundo a que chamamos nosso" para empreenderem ou aceitarem dele uma visão exterior."

Tennessee Williams, prefácio de "Reflexions in a Golden Eye", de Carson McCullers

6 Comments:

Anonymous Anónimo usou da palavra

...então quer dizer que és artista?

13 outubro, 2006 05:34  
Blogger Al Cardoso usou da palavra

"De sao e de louco todos temos um pouco", so que uns mais que outros.

Bom fim de semana.

13 outubro, 2006 09:22  
Blogger Aladdin Sane usou da palavra

Caríssimos íssimos:

Algures entre Tennessee e Cummings
(entre idas e vindas)
sou uma degeneração proto-artística que o vento leva e traz.
E toco viola sem corda.

14 outubro, 2006 15:15  
Blogger Trilby usou da palavra

Eu só toco campainhas de porta, sou, pois, completamente doida!

17 outubro, 2006 15:24  
Blogger odeusdamaquina usou da palavra

Não tenho capacidade para falar sobre isto. Sou demasiado burro para perceber de artistas, de intelectos. Mas de loucuras, de medos, frustrações, de sã convivência, de saudável conveniência, de conivência e convívio são o que melhor posso falar sobre os sãos aspectos da vida. De são e de Mação temos todos em Portugal. Mação em Santarém (distrito) e a São José Lapa, as Concei(São) da nossa vida, do nosso país. Sem Maçãs nem praias em que deliramos os nossos sonhos em águas turvas do saber! Esta até que foi poética, não foi?
"Águas turvas do saber"... vou escrever sobre isto!
Pode dar uma tese sobre a influência dos resíduos sólidos urbanos na condição poética do homem suburbano. Na reciclagem do saber, devemos descortinar entre o amarelo da nossa história, o azul das nossas memórias e viagens, o verde da nossa sapiência de ciência viva e o vermelho da arte de viver. Porque é que me lembrei do Trivial Pursuit?
O que se passa na minha cabeça?
Que doença me faz delirar de palavras, que verborreia é esta que me faz vomitar palavras?
Meu deus, não sei se concordas, ou sem cordas, mas a viola da minha vida é uma musa prolixa de sentimentos e deambulações.
Procuro o saco que a consiga deter, calar, apoderar-se do seu som. Música eterna nos ouvidos do deserto, surrealizar por aí, é o que anda a fazer o Mário. O Cesariny de Vasconcellos, obviamente! Demito-o! Isto já é o Humberto. Delgado, sem medo da morte, sem sorte General. Motors sem fábrica na Azambuja. Não à OPEL. Organização dos Países Exportadores de Liberais! Liberalizem as drogas, Despenalizem os abortos. No Porto está tudo morto, já dizia o meu avô. Em Santarém não há ninguém. (Idem, avô, página 5 do livro de memórias).
Em Belém há presidente, e pepsodent! Deitar cedo e cedo erguer, trabalhas a valer!!!!
O meu avô não é para aqui chamado, mas fui eu que o convoquei. Ele faz parte da selecção dos melhores momentos da minha vida. Saudades dele! Pena que tenhas ido tão cedo! Eu era ainda um miúdo. Poderia ter aprendido tanto contigo!!! Estarás contente por mim hoje? Tens orgulho em mim?
Sou feito da mesma massa dura (por fora) e tenra (por dentro) do que tu, estou tão perto de ti. Estive sempre perto de ti. E sei que nunca me abandonas! Adeus avô, até amanhã! Nós voltamo-nos a ver à mesma hora, ao lanche, fazendo-me aquelas torradas com azeite! E depois, vendo o Telejornal contigo, sempre à hora certa. Dantes era às 19, lembras-te? Ensinaste-me a chegar sempre à hora certa. Um homem tem de cumprir sempre com os seus horários e compromissos. Que bom avô, sabes que ainda hoje eu faço isso. Raramente me atraso.
Adeus! Vou jantar. É verdade, viste o Porto ontem? Bela Vitória! Pois, sei que nunca ligaste muito ao futebol, agora lembro-me, mas como és português de gema, ficas contente por ganhar aos estrangeiros. O teu clube era a CUF! Trabalhaste lá a vida inteira!
Compreendo. Agora é o Fabril do Barreiro, antes foi a Quimigal. Pratiquei lá atletismo, lembras-te?
E quando te ofereci aquela medalha do meu 1º lugar nos 100 metros, tinha eu 6 anos. Ainda tenho aquela foto, nós os dois a posar e tu com aquela vaidade nos olhos por mim, com a medalha ao peito.
Prefiro o teu olhar, o teu carinho a todas as medalhas do mundo.
Beijos avô. Vais comer o quê? Um bacalhauzinho cozido, talvez com um grão e o teu belo vinho tinto, feito por nós todos na adega lá de casa.Saudades desse vinho, de pisar as uvas o dia inteiro com a família toda. então, bom proveito.
Até amanhã! Ou depois, vai passear à vontade, sai, vai à tua terra, a Covas, freguesia de Fornelo do Monte, a aldeia caramulana de Vouzela. Ou vai à horta plantar batatas. Eu fico bem, tenho de estudar, não te preocupes.
Beijos grandes avô!
xau.

18 outubro, 2006 19:59  
Anonymous Anónimo usou da palavra

Obrigado por Blog intiresny

21 novembro, 2009 09:52  

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