Mitos Eternos
Paisagens petulantes
Promíscuas reservas ecológicas
do olhar
Síndromas da saciedade,
oníricas expressões encantatórias
dos devaneios do viandante
Mergulhas na água salgada
do mar
morto o desafio de te encontrar
na ubiquidade das paragens
Segregas sons de um dionisíaco
torvelinho de cidades por começar
acabas agora a paleta de cores
na inebriante Atenas poluída
Socorres-te do alfa beta
procurando o ómega que há-de vir
mapeias a circulação do tráfego
inusitado em torpor constante
Vislumbras a Acrópole dos teus sonhos
Divagas na contra-luz dos propiléus
E esfusiante de alegria e cansaço
reencontras-te com a memória,
com os odores da matéria-prima
invisível a teus olhos
O teatro, essa invenção dos deuses
ofereceu-te Talma nas suas mais sincréticas
colinas, desde Epidauro a Delfos
Soerges-te perante o sol impiedoso
que te queima a pele e a vitalidade
orgânica dos teus tendões, qual
Aquilles temperamental
Fitas os monumentos horas a fio
como Ariadne no labirinto de Creta
tentando salvar Teseu das laboriosas
intenções de Zeus
Deixei a mitologia penetrar o meu
doce sangue naquela tarde
ensolarada e festiva
Só o passsado se regenerava
nas asas da Fénix
ao percorrer tão semelhantes
e orogénicos passos
rumo aos heróis nunca esquecidos
Junto às pedras, imóvel
deixei o cansaço perder-me
no ritual, na dança incandescente
Dei asas aos sentidos
e com Eolo voei com
a interminável imaginação
dos grandes deuses
Promíscuas reservas ecológicas
do olhar
Síndromas da saciedade,
oníricas expressões encantatórias
dos devaneios do viandante
Mergulhas na água salgada
do mar
morto o desafio de te encontrar
na ubiquidade das paragens
Segregas sons de um dionisíaco
torvelinho de cidades por começar
acabas agora a paleta de cores
na inebriante Atenas poluída
Socorres-te do alfa beta
procurando o ómega que há-de vir
mapeias a circulação do tráfego
inusitado em torpor constante
Vislumbras a Acrópole dos teus sonhos
Divagas na contra-luz dos propiléus
E esfusiante de alegria e cansaço
reencontras-te com a memória,
com os odores da matéria-prima
invisível a teus olhos
O teatro, essa invenção dos deuses
ofereceu-te Talma nas suas mais sincréticas
colinas, desde Epidauro a Delfos
Soerges-te perante o sol impiedoso
que te queima a pele e a vitalidade
orgânica dos teus tendões, qual
Aquilles temperamental
Fitas os monumentos horas a fio
como Ariadne no labirinto de Creta
tentando salvar Teseu das laboriosas
intenções de Zeus
Deixei a mitologia penetrar o meu
doce sangue naquela tarde
ensolarada e festiva
Só o passsado se regenerava
nas asas da Fénix
ao percorrer tão semelhantes
e orogénicos passos
rumo aos heróis nunca esquecidos
Junto às pedras, imóvel
deixei o cansaço perder-me
no ritual, na dança incandescente
Dei asas aos sentidos
e com Eolo voei com
a interminável imaginação
dos grandes deuses
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