Sobre vivências do Olhar
Sexta-feira negra dos diademas
Opúsculos inexoráveis
na solidão do olhar
Terna é a noite
nas esquinas da paixão
as folhas caídas anunciam
Garrett e os escritos
de uma outra margem
Alcanças a vagamente
etérea luz dos aflitos
a sombra partilhada
noutra dança
O refúgio está no teu coração
selvagem, na temporal
caristia dos vislumbres
adocicados
Salva-se a onomantopeia
da crueldade
a fugaz linha do horizonte
marcado em linhas tangentes,
aderentes em elipses profundas
Ah! Fantasias do olhar,
do sabor a mel dos pássaros
da semi-obscuridade do teu corpo,
da tua juvenil aura de predadora
dos sentidos
Perdi-me nos vaga-lumes
da incensa e mordaz altivez
na cálida, secreta e frenética
atracção dos corpos lânguidos
Encontrei-me!
Cheguei a casa envolto em névoas
por apagar,
em sonhos por percorrer
em doces degustações
das opíparas sílabas
dos lábios desmesuradamente
enormes
E aquele sabor do teu sorriso
que me transforma num deus menor,
numa inusitada constelação
numa poeira de fragmentos
encantados no horizonte
do teu amar inquieto e brando
Socorri-me do teu abraço
para sobreviver!
Opúsculos inexoráveis
na solidão do olhar
Terna é a noite
nas esquinas da paixão
as folhas caídas anunciam
Garrett e os escritos
de uma outra margem
Alcanças a vagamente
etérea luz dos aflitos
a sombra partilhada
noutra dança
O refúgio está no teu coração
selvagem, na temporal
caristia dos vislumbres
adocicados
Salva-se a onomantopeia
da crueldade
a fugaz linha do horizonte
marcado em linhas tangentes,
aderentes em elipses profundas
Ah! Fantasias do olhar,
do sabor a mel dos pássaros
da semi-obscuridade do teu corpo,
da tua juvenil aura de predadora
dos sentidos
Perdi-me nos vaga-lumes
da incensa e mordaz altivez
na cálida, secreta e frenética
atracção dos corpos lânguidos
Encontrei-me!
Cheguei a casa envolto em névoas
por apagar,
em sonhos por percorrer
em doces degustações
das opíparas sílabas
dos lábios desmesuradamente
enormes
E aquele sabor do teu sorriso
que me transforma num deus menor,
numa inusitada constelação
numa poeira de fragmentos
encantados no horizonte
do teu amar inquieto e brando
Socorri-me do teu abraço
para sobreviver!
3 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Não nos devmos socorrer do nosso coração ele é a metafora mais mentirosa que conheço.
Amiga, não costumo responder ao que escrevo, mas parece-me pertinente. Quando se escreve, apenas se cria uma nova realidade, cria-se um novo horizonte de ficção, de fingere. Ou seja, não tomes por realidade a escrita, nem autobiográfica, nem real. Apenas são filmes que passam por uma tela, a do meu cérebro, das memórias, dos odores. Poesia é isso! E, se tivermos de nos socorrer do nosso coração, não faz mal! A falsidade (a mentira) também gera conflito, logo é criadora, é renovadora, é feita de vida! E a vida também tem estas contradições e momentos maus!
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