Demonia Producta
O Henrique Amaro deu-lhe antena na 3 e ela tomou-a toda para si! Falo de Karine Alexandrino, a emergência do mundo artístico brasileiro que mais tarde ou nunca chegará aos nossos ouvidos, olhos e líbido. De "Balada de Perdicta" lembro-me dos seus gritos aflitivos "Papai! Papai!", entrecortados por ruidosos arfares e umas linhas de baixo e bateria "sixties desgrenhados". Tratar-se-ia de um ajuste de contas familiar?
Nada disso! É apenas a personagem que Alexandrino (cearense de Fortaleza, reside em São Paulo) concebeu, impregnada de mácula, para o seu primeiro trabalho, "Solteira Producta". Demonia Producta, aliás Karine reclama influências da pop art e dadaísmo, mas que nos interessa isso? Nós queremos é que ela nos impluda os sentidos com a sua "terna poesia de uma sucata sombria", como diria Adolfo, dos canibais o mais luxuriante.
Karine tem um blog (pois se até eu tenho um... mas eu não sou artiste!) Eis aqui o blog da Senhora, faça-se em mim segundo a Vossa palavra!
De "Solteira Producta" destaco:
"Supermercado do Amor" - Demonia destrava-se (olá!) de toda a razão e expurga os seus demónios e amores passageiros (não serão os dois o mesmo?).
"Zelda" - como um código postal (CEP), a música remete-nos para aqueles dias em que a azia nos tolhe. Nos dois temas parecemos estar perante os Pop Dell`Arte (será Karine um João Peste de saia travada e maquilhagem esborratada? Ou uma revisitação de Brigitte Bardot entre barbitúricos e champanhe?)
Ouçam-na, sintam-na, deixem que ela tome conta de vós, qual Mary Poppins trangressora que arrasta os meninos para o Mal! Karine, já és um ícone trash, vou pôr um atalho para ti no meu desktop / ambiente de trabalho! Viva ela! Viva eu! Viva nós!
Agora (queiram parar com os bocejos!) a parte útil do post. Todos vós podeis aceder gratuitamente a sete temas de "Solteira Producta". (Mas desenganem-se: A música pode sê-lo, mas Karine não é gratuita!) Querem saber como? Sigam os seguintes passos perdidos:
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