E agora para algo completamente igual...
Folheava eu as revistas "PREMIERE" que tenho numa prateleira cá dos meus aposentos, quando me deparei com um artigo que na altura me escapou. Falo da revista de Janeiro 2004 (nº 51). Na página 19, Criswell ironiza acerca de uma crítica de Rui de Azevedo Teixeira, publicada no Jornal de Letras, sobre "Os Imortais", filme de António-Pedro Vasconcelos (o Tó-Pê, para os mais familiarizados).
E sinto-me compelido a transcrever tão insignes excertos desse abrilhantado discurso. Pois não é que hoje ou ontem o mentor da Tasca da Cultura, o caro O Bom Selvagem galardoou tão pergaminhado (!!!) Jornal com o "prémio" de Pior da Imprensa 2005! Tenho de confessar-vos (serei lido por mais de uma pessoa?) : sou um adepto descarado do plágio premonitório!
Eis então o texto "excertado" de Rui de Azevedo Teixeira. Atenção que estão prestes a deparar-se com uma pérola de cultura (daquelas bem raras!)
"António-Pedro Vasconcelos, em Os Imortais, no seu trabalho de transcodificação intersemiótica do literário para o fílmico, torce o programa semântico da novela (...)"
"(...) faz, em última instância, um estudo da dor, essa categoria do silêncio tão menosprezada pelo ruído pós-moderno."
"(...) uma fotografia de grande imediacia, uma música diegética que, metaforicamente, cobre toda a história, uma linguagem sem ademanes de câmara (...)"
"(...) uma obra tecnicamente impoluta - consabida raridade no cinema português - e dramaticamente vibrátil."
"Com um "radical de representação" oculto - a demiúrgica mão de Vasconcelos é soberbamente invisível, o filme mescla quantidades equilibradas de humor, pausas dialogais reflexivas e acção bruta, sempre verosímil (...)"
"Maria Rueff, singularmente sinistra, e Alexandra Lencastre, sedutoramente dependente, levantam o problema, sopram, aqui e ali, doses de veneno táctico (...)"
"(...) numa cena de transcendência imensamente vazia (uma unidade narrativa que não deriva da diegese da novela de Ferraz (...)"
Ainda bem que não reparei neste texto na altura devida, senão teria escrito uma irada missiva à redacção da PREMIERE! Então acham justo que se desvende assim a história de um filme?
E sinto-me compelido a transcrever tão insignes excertos desse abrilhantado discurso. Pois não é que hoje ou ontem o mentor da Tasca da Cultura, o caro O Bom Selvagem galardoou tão pergaminhado (!!!) Jornal com o "prémio" de Pior da Imprensa 2005! Tenho de confessar-vos (serei lido por mais de uma pessoa?) : sou um adepto descarado do plágio premonitório!
Eis então o texto "excertado" de Rui de Azevedo Teixeira. Atenção que estão prestes a deparar-se com uma pérola de cultura (daquelas bem raras!)
"António-Pedro Vasconcelos, em Os Imortais, no seu trabalho de transcodificação intersemiótica do literário para o fílmico, torce o programa semântico da novela (...)"
"(...) faz, em última instância, um estudo da dor, essa categoria do silêncio tão menosprezada pelo ruído pós-moderno."
"(...) uma fotografia de grande imediacia, uma música diegética que, metaforicamente, cobre toda a história, uma linguagem sem ademanes de câmara (...)"
"(...) uma obra tecnicamente impoluta - consabida raridade no cinema português - e dramaticamente vibrátil."
"Com um "radical de representação" oculto - a demiúrgica mão de Vasconcelos é soberbamente invisível, o filme mescla quantidades equilibradas de humor, pausas dialogais reflexivas e acção bruta, sempre verosímil (...)"
"Maria Rueff, singularmente sinistra, e Alexandra Lencastre, sedutoramente dependente, levantam o problema, sopram, aqui e ali, doses de veneno táctico (...)"
"(...) numa cena de transcendência imensamente vazia (uma unidade narrativa que não deriva da diegese da novela de Ferraz (...)"
Ainda bem que não reparei neste texto na altura devida, senão teria escrito uma irada missiva à redacção da PREMIERE! Então acham justo que se desvende assim a história de um filme?
1 Comments:
eheheheheheh
Enviar um comentário
<< Home