Viajar pela Suíça - pt. XI (Sion, Lausanne, Genève)
Fig 1- Château de Valère |
Pelo meio, uma paisagem fantástica do Lago Lemán (o maior da Suíça). Mas comecemos pelo início, a cidade de Sion, capital do grande cantão de Valais. Sion situa-se num planalto, na margem norte do rio Ródano e no sopé de duas colinas, cada qual com o seu castelo medieval. Um é o Château de Tourbillon, uma fortaleza elevada com altas torres quadradas. Foi construído no Séc. XIII, como residência do Bispo Bonifácio de Challant. Foi destruído por um incêndio em 1788 e reconstruído de novo. Possui ainda uma capela medieval. Em frente, na outra colina, encontra-se o Château de Valère, que hoje alberga o Museu Cantonal de História. Foi construído no Séc. XII e originalmente era uma igreja fortificada, a Notre-Dame-de-Valère. No interior, além da beleza dos capitéis românicos, possui um órgão, de 1390, o mais antigo do mundo ainda em funcionamento. O museu alberga obras da região, relativas à sua história e valeu a pena a visita. É um local lindíssimo, que fica perto do centro histórico da cidade, tendo apenas que se subir os últimos 500 metros até ao alto da colina. Mas vale a pena o esforço.
Fig. 2 - Château de Tourbillon ao fundo |
Já Lausanne é uma cidade enorme, cheia de gente, com Universidade (1540), com o Lago Léman em frente, com o Museu Olímpico (já que a sede do Comité Olímpico Internacional se situa aqui), a catedral de Nôtre-Dame, as igrejas e o Bel-Air Métropole, o primeiro arranha-céus a ser construído na Suíça. Hoje alberga o Thêatre Métropole, um dos pólos culturais mais importantes do país.
Lausanne foi fundada pelos romanos, no Séc. IV, junto ao lago e depois, com os Séculos, a cidade foi-se alargando para a colina, sempre a subir, por razões de espaço, mas também de segurança. Lausanne repousa sobre três colinas que se erguem em socalcos desde as margens do Lago Léman. O centro da cidade é a praça St- François. Depois, a zona comercial, a Rue du Bourg. Mais a norte, fica a zona antiga (vieille ville), dominada pela grande Catedral (Séc. XIII). A visitar, as igrejas, os Palácios (como o Palais de Rumine, onde funcionam o Museu de Belas-Artes, mas também o de Arqueologia e História), o Chatêau de St-Maire (1397), antiga residência dos bispos de Lausanne, hoje a sede da administração do Cantão de Vaud. Andar junto ao lago, na povoação costeira de Ouchy, é muito belo, onde depois vibrei com o excelente Museu Olímpico.(http://www.olympic.org/) A visitar, sempre! Também nesta zona, fica a Fondation de l'Hermitage, dedicada às artes visuais de origem francófona. Fica num belíssimo parque e vale a pensa visitar.
Fig.4 - Catedral de Lausanne |
Genève é, tal como Lausanne, uma belíssima cidade, rodeada pelo enorme lago Léman, que separa a Suíça da França. De população essencialmente francófona, é um importante centro de negócios, com uma aura vanguardista e cosmopolita. É a sede europeia da Nações Unidas e da Cruz Vermelha Internacional. Genève está ligada, desde a sua fundação ao Império Romano, mas no Séc. XVI, apoiou a reforma, seguindo as ideias de Calvino. É conhecida como a Roma Protestante, sendo aqui um grande bastião, pois sempre albergou e atraiu refugiados reformistas vindos de toda a Europa. Foi anexada à França entre 1798 e 1813, juntando-se nesse ano à Confederação Helvética. Genève é hoje a capital mundial da diplomacia e sede de mais de 200 organizações internacionais.
Genève é atravessada pelo rio Ródano, que segue o seu curso para França. É dividida pela água: na margem Sul, fica a cidade velha, a cidade universitária e o bairro dos artistas (Carouge); na margem Norte, fica a zona comercial e turística, com hotéis internacionais, além da Cidade Internacional, sede das organizações.
Em ambas, existem inúmeras zonas verdes. Na zona do porto, em La Rade, encontramos a famosa fonte no meio do lago, o Jet d'Eau.
Fig 6- Vista geral de Genève e Jet d' Eau |
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