28 de setembro de 2009

Actor Principal

Uma morte em palco. Dolorosa carne em perjúrio assintomático.
Tudo de repente no esplendor da relva e a queda abrupta no silêncio.

Tudo é demasiadamente verdadeiro no teatro. Só a realidade é falsa.
O teu ocaso é a maior mentira do mundo! Todas as personagens criadas
por ti, são a perene realidade que fica no nosso olhar embevecido e triste.
Não te deixaremos cair, actor dos abraços e dos sorrisos sinceros! Até Jazz!
(em memória do actor Jorge Vasques - 1958-2009)

27 de setembro de 2009

Com Título

Algum tempo houve em que os sons que ouvia eram uma plêiade de emoções.
Agora, entre a bruma e o silêncio, navego na poesia das ondas do mar.

11 de setembro de 2009

Semiótica do Terror

Talvez ainda não tenha dado por isso, mas este dia histórico, o que assinala a nossa amizade netlógica, é carregado de uma simbologia especial. Em que o terror espalhou-se por esse mundo fora. Neste 9/11 (o resto não interessa, já dizia o meu professor de matemática- e é por isso que a economia nacional está um caos, pois sempre deitámos os restos fora), assinalo uma guerra fratricida contra os aliados do poder da massificação.
Vale mais um pé de dança no meio da serra que dois computadores a voar!
Sendo convidado para mais uma destas coisas, não poderia deixar de assinalar o acto com a desmesura imensa da minha revolta. Uma revolta antropológica, no sentido de invocar os deuses da Grécia antiga, em que descendo por uma makiné (uma máquina de cena), insurgiam-se no meio do palco (ou da vida) e resolviam todas as questões, todas as tragédias, dando um final um pouco menos amargo à existência das personagens e dos homens.
Posto isto, depois desta prelecção semiótica, resta-me recordar-lhe que agora... vai ser a doer!
Não haverá mais tempo para o balir inconsequente da memória anafada e oca. Tudo o mais, é água. Na ânfora desabrigada do rumor insone, há vozes em surdina ansiando uma guerra que arrase todos os pólos negativos da existência. Só o enxofre poderá salvar a terra de um ambiente taciturno. Tudo o que o ser humano conspurcou, vai ser passado em breve. E eu cá estarei para festejar como Dioniso no meio dos Sátiros essa hedionda espécie que habitou o solo sagrado do vinho e do pão ázimo.
Oliveira secular, dai-me forças para continuar no rasto do silêncio!
Já que tal foi a insistência, eu participo neste fórum, com toda a individualidade do mundo.
Já que os books com face são perversos e acintosamente recusados, é hora de dizer: basta!
Vamos ao terror que a vida é bela!